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Interior

Ex-vereadores e PMs agiam em rede de prostituição

Cafetina foi presa no começo do mês de fevereiro e chegou a incendiar cela de delegacia

Dayene Paz | 24/03/2023 11:33
Darle quando foi presa pela Polícia Civil em fevereiro. (Foto: Divulgação/PCMS)
Darle quando foi presa pela Polícia Civil em fevereiro. (Foto: Divulgação/PCMS)

A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) indiciou, nesta sexta-feira (24), 14 pessoas, entre ex-vereadores, policiais militares e empresários, por fazerem parte de uma rede de exploração sexual de menores, em Bataguassu, a 335 km de Campo Grande.

A cafetina, conhecida como "Darle Dominical", 31 anos, foi presa no começo do mês de fevereiro, durante a Operação "Força e Pudor", e chegou a incendiar a cela de uma delegacia.

A delegada Izabela Borin, titular da DAM, explicou que as investigações começaram no ano passado. Darle era conhecida na cidade e, inclusive, já tinha sido condenada pelo mesmo crime, no ano de 2019. Contudo, não acreditava que seria presa.

A investigação apontou que ela recrutava menores de idade, entre 14 e 18 anos, e oferecia como "cardápio" aos clientes. O programa custava aproximadamente R$ 250. "Ela aliciava essas meninas, que faziam os programas em motéis, ranchos e pousadas", revela a delegada.

"Pegamos conversas da cafetina com as meninas, em que fala que o cliente estava esperando e apontava os locais. Ela constrangia, forçava a ir. Às vezes as meninas não tinham com quem deixar os filhos e ela forçava", diz a titular.

Após a prisão em fevereiro, a cafetina - que acreditava na impunidade, segundo a polícia - causou tumulto na delegacia de Bataguassu, foi transferida para Brasilândia, onde chegou a incendiar uma cela. "Não acreditava que seria presa", pontua a delegada. Agora, a Justiça transferiu Darle para o presídio.

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