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Interior

Garagistas são presos por emprestar dinheiro para comprar maconha

Polícia chegou aos empresários após apreender 1.300 quilos de maconha com homem que deixou carro “consignado” em garagem na Coronel Ponciano e pegou dinheiro para comprar droga

Helio de Freitas, de Dourados | 15/05/2018 12:01
Garagistas presos hoje acusados de financiar traficantes em Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Garagistas presos hoje acusados de financiar traficantes em Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Dois garagistas foram presos hoje (15) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, acusados de financiar traficantes de drogas que compram maconha no Paraguai para levar a grandes centros consumidores do país.

Cláudio Rodrigues, 43, e Carlos Vieira de Aguiar Júnior, 39, donos de uma garagem localizada na Avenida Coronel Ponciano, foram presos pelo SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil após a prisão de Thiago Henrique Benites Pádua, 32, morador no residencial Vival dos Ipês, região sul da cidade.

Os policiais chegaram a Thiago durante as investigações da Operação Assepsia, deflagrada na madrugada de 5 deste mês, quando 24 pessoas foram presas em Dourados por ligação com o tráfico e vários outros crimes.

Na casa de Thiago a polícia encontrou 59 fardos de maconha. A mulher dele, de 21 anos, também foi presa e levada para a 1ª Delegacia de Polícia.

Como já estavam investigando Thiago, os policiais sabiam que ele tinha dois veículos, um Prisma e uma S10, ambos na cor preta. Como a caminhonete não foi encontrada na casa, os agentes questionaram sobre a S10.

O homem confessou, então, que tinha deixado a caminhonete com um garagista porque precisava de R$ 2 mil para comprar a maconha encontrada na casa. A S10 ano 2013 vale pelo menos R$ 60 mil, mas foi deixada por um valor irrisório com o garagista.

Segundo o delegado Rodolfo Daltro, a polícia apurou ainda que os donos da mesma garagem faziam serviço de agiotagem, emprestando dinheiro a juros a várias pessoas para comprar droga.

As investigações mostram que os garagistas tinham a prática de emprestar dinheiro, ficavam com veículos como garantia e se o empréstimo não fosse pago, vendiam os carros para recuperar o dinheiro.

No escritório da garagem, onde os dois proprietários foram presos, o SIG apreendeu uma pistola calibre 9 milímetros e uma calibre 380, ambas municiadas.

Cláudio Rodrigues negou a história contada por Thiago e disse que havia comprado a caminhonete por R$ 10 mil. Na casa dele os policiais encontraram outra pistola calibre 380. Já na casa de Carlos Júnior foram encontrados R$ 15 mil em dinheiro. Os dois veículos, celulares e documentos também foram apreendidos, como mostra o vídeo abaixo.

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