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Interior

Impedida de ir ao velório da filha, mãe alega que morte foi "grande acidente"

Laudo aponta morte por sufocamento e lesões em bebê de 7 meses; mãe teve prisão convertida em preventiva

Por Gabi Cenciarelli | 28/01/2025 17:44
Impedida de ir ao velório da filha, mãe alega que morte foi "grande acidente"
Fachada da unidade regional de perícia e identificação de Bataguassu, onde foi feito o exame necroscópico na criança (Foto: Elenize Oliveira/Cenário MS)

Mãe da bebê de sete meses que chegou morto à Santa Casa de Bataguassu, a 313 km da Capital, na manhã da última quinta-feira (23), jovem de 21 anos teve prisão em flagrante convertida em preventiva na tarde desta segunda-feira (27). Ministério Público pede que, ao invés de ser julgada por maus-tratos, que o caso seja tratado como homicídio com dolo eventual qualificado. A mãe se defende e alega que morte foi um grande acidente.

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A mãe de uma bebê de sete meses, que chegou morta à Santa Casa de Bataguassu, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva. O Ministério Público quer que o caso seja tratado como homicídio com dolo eventual qualificado, enquanto a defesa alega que a morte foi um acidente. A advogada da mãe afirma que a bebê caiu de um colchão e que as marcas de cigarro foram acidentais. A mãe, que não pôde ir ao velório da filha, está emocionalmente abalada. A investigação aponta sufocação direta como causa da morte, além de lesões e sinais de maus-tratos.

Em conversa com o Campo Grande News, a advogada da jovem, Natália Colombo, explica que, para ela, tudo foi um grande acidente. "Ela explica que não tem cama, apenas colchão, e que a bebê caiu no vão entre a parede. Ela acordou e ela já não estava mais responsiva. Ela diz que nunca, em nenhuma ocasião, agrediu a criança".

Quando questionada sobre os ferimentos encontrados no laudo pericial, Natália explica que nenhum deles foi proposital ou de autoria da mãe. Sobre as marcas de cigarro, ela alega que fumava perto da criança, por isso cinzas podem ter caído no corpo. Em relação ao machucado antigo encontrado no joelho da bebê, a mãe explica que foi um machucado de quando estava com o pai. Sobre estar bêbada no dia da morte, ela alega que bebeu pouco, não ao ponto de se embriagar.

A defesa ainda explicou que buscou o Conselho Tutelar da cidade, que não constou nenhum outro crime em relação à criança que morreu, nem contra os dois outros filhos dela.

Além de negar a autoria da morte, a jovem se diz em estado emocional abalado, já que nem pôde ir ao velório do filho. A bebê foi velada no dia seguinte à morte, quando a mãe estava presa e foi impedida de participar. "Ela está abalada, só balança a cabeça. É complicado, ela é mãe e diz que acordou e a filha estava morta", relata advogada.

Para Natália Colombo, o plano da defesa é tentar um habeas corpus, ainda nesta semana, para que a mulher possa responder em liberdade. Para o futuro, ainda vão esperar a conclusão das investigações.

De acordo com a delegada Izabela Borin Favoreto, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Bataguassu, a bebê já chegou ao hospital sem sinais vitais, apresentando rigidez cadavérica, extremidades arroxeadas, inchaço na cabeça e sangramento no ouvido. O exame realizado no corpo da criança identificou a causa da morte como sufocação direta.

Além de sinais de sufocação, o laudo apontou diversas lesões no corpo da criança, como queimaduras compatíveis com cinzas de cigarro, uma lesão traumática no crânio e assaduras graves no pescoço. Também foi constatada a presença de fungos na região anal, indicando falta de higiene.

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