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Capital

Avaliação dos filhos vai definir sobre prisão domiciliar de mãe alvo do Gaeco

Jessika Farias da Silva é suspeita de integrar quadrilha que usava viaturas policiais para transportar cocaína

Por Ana Paula Chuva | 29/01/2025 15:13
Avaliação dos filhos vai definir sobre prisão domiciliar de mãe alvo do Gaeco
Jessika foi alvo de mandados de busca e prisão no dia 15 de janeiro (Foto: Reprodução)

A juíza Eucelia Moreira Cassal pediu que equipe técnica realize estudo social com os filhos de Jessika Farias da Silva para verificar as condições em que as crianças estão e o vínculo que possuem com a mãe que foi presa no dia 15 de janeiro deste ano durante a 2ª fase da Operação Snow, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado).

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A juíza Eucelia Moreira Cassal solicitou um estudo social para avaliar as condições dos filhos de Jessika Farias da Silva, presa em 15 de janeiro durante a operação Snow do Gaeco. Jessika, esposa de Rodney Gonçalves Medina, também preso, é acusada de participar ativamente de uma quadrilha que usava viaturas policiais para transportar cocaína. Após a prisão, seus filhos ficaram sob os cuidados da avó materna, que tem dificuldades de locomoção. A advogada de Jessika pediu liberdade provisória, argumentando que ela é mãe solteira e ré primária, mas o Gaeco se opôs, destacando seu papel ativo no grupo criminoso. A juíza deu 10 dias para a entrega do laudo social.

Jessika é esposa do empresário Rodney Gonçalves Medina, preso em março de 2024, na primeira fase da operação que investiga quadrilha que usava viaturas policiais para transportar cocaína. E para o Gaeco, a mulher participava ativamente nas atividades da organização criminosa, inclusive aprovando os atos de extrema violência praticados pelo grupo.

A mulher foi alvo de mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão no dia 15 de janeiro. Ela foi encontrada na casa onde morava com os dois filhos no Bairro Rancho Alegre, no mesmo dia, um dos advogados investigados na ação, Antônio Cesar Jesuíno, chegou a entrar com pedido de liberdade, porém no dia seguinte, outra petição foi feita.

Desta vez, o pedido foi protocolado pela advogada Livia Monteiro. A representante da acusa alegou que Jessika é mãe solteira de dois meninos menores – de 3 e 10 anos – que por conta da prisão, ficaram sob os cuidados da avó materna que tem dificuldade de locomoção por ter prótese na perna esquerda.

“Não podendo prestar os devidos cuidados aos menores, visto que não pode permanecer horas em pé, a fim de evitar dores no membro amputado e na coluna”, diz o pedido de liberdade provisória.  A advogada também destacou que a mulher é ré primária e tem residência fixa e a prisão domiciliar não trará prejuízo ao processo a que ela responde.

O Gaeco foi contrário ao pedido, e declarou que a Jessika não era subserviente ao marido, mas sim tratada por ele como igual nas empreitadas criminosas “revelando seu papel importante no grupo, inclusive determinando onde os valores do tráfico deveriam ser depositados”, destaca em parte do documento.

Na tarde de ontem, a petição foi analisada pela juíza da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, que determinou que um estudo social da atual situação das crianças para que a substituição ou revogação da prisão preventiva seja examinada.

“A fim de verificar a situação atual dos infantes e para averiguar o vínculo que possuem com a genitora, bem como descrever a situação em que se encontram, que estão, segundo consta, sob a responsabilidade da avó materna”, escreve a magistrada que dá o prazo de 10 dias para confecção e entrega do laudo.

Avaliação dos filhos vai definir sobre prisão domiciliar de mãe alvo do Gaeco
Imagem de vítima do bando encaminhada por Rodney à Jessika (Foto: Reprodução)

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