Para 55%, superlotação é maior problema do transporte coletivo
No Terminal Morenão, usuários protestaram na tarde de ontem contra o aumento da tarifa
Superlotação é o maior problema do transporte público da Capital para a maioria dos leitores do Campo Grande News. Esta foi a escolha de 55%. O preço da tarifa, que subiu R$ 0,20 na última semana, foi a principal reclamação de 24%. Outros 13% escolheram o desrespeito aos horários, e 7% votaram nas condições dos pontos de ônibus.
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Superlotação é apontada como o principal problema do transporte público em Campo Grande, segundo 55% dos leitores do Campo Grande News. O aumento da tarifa, que subiu para R$ 4,95, gerou protestos e é a principal reclamação de 24% dos entrevistados. Outros problemas incluem desrespeito aos horários e condições dos pontos de ônibus. O Consórcio Guaicurus, responsável pelo serviço, enfrenta críticas pela falta de ar-condicionado e frota defasada. O contrato de concessão, que não prevê ar-condicionado, tem validade até 2032, com possibilidade de prorrogação.
Na tarde de ontem, quarta-feira (29), o Terminal Morenão foi palco de um protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. Pelo menos 70 pessoas com faixas e cartazes se manifestaram. Na quinta-feira (23), o passe foi de R$ 4,75 para R$ 4,95 por decisão dos órgãos responsáveis pela fiscalização do transporte coletivo.
Nos últimos cinco anos, a tarifa aumentou 25,32%. Em 2020, o preço era R$ 3,95, um real mais caro que o atual. Pode parecer pouco, mas faz diferença para as pessoas que andam de ônibus todo dia. Quem pagar o passe todo dia, de segunda a sexta-feira, ida e volta, gastará R$ 2.405,75 ao fim do ano.
Em entrevista ao Campo Grande News, o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), José Mário Antunes da Silva, disse que o aumento do passe atende a decisão judicial e que o Consórcio Guaicurus também precisa cumprir com a parte dele.
"Falta de linhas, poucos ônibus circulando, poucos terminais pra realidade atual de Campo Grande", reclama o leitor Thomaz Herler na rede social. De acordo com o diretor-presidente da Agereg, o Consórcio Guaicurus teria que entregar 97 novos veículos em 2024 e, este ano, mais 98 ônibus.
Outros leitores se queixam do calor nos ônibus. "Frota defasada, numa cidade que é um forno a céu aberto não ser obrigatório ar condicionado é um absurdo", escreveu Roger Telles. Já Cicera Rodrigues fez uma lista de descontentamentos. "Passagem cara, ônibus velho, ônibus superlotado, ônibus atrasado, ônibus sujo, terminais caindo aos pedaços. Falta concorrência."
A responsabilidade da operação do transporte coletivo da Capital é da entidade privada Consórcio Guaicurus, que é a junção de quatro empresas: Viação Cidade Morena Ltda. (empresa Líder), Viação São Francisco Ltda., Jaguar Transporte Urbano Ltda. e Viação Campo Grande Ltda.
No início deste mês, reportagem do Campo Grande News mostrou que o contrato do transporte coletivo de Campo Grande, firmado em 25 de outubro de 2012, é um documento de 25 páginas, que não prevê ar-condicionado nos veículos e traz termos genéricos sobre as responsabilidades do Consórcio Guaicurus quanto ao conforto, por exemplo.
Este contrato de concessão, que teve valor de R$ 3,4 bilhões, tem prazo de 20 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 10 anos. O texto prevê, contudo, que o poder público pode fazer intervenção do contrato ou decretar a caducidade.
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