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Capital

Agereg repete discurso: com alta da tarifa, consórcio tem que cumprir sua parte

José Mário da Silva diz que irá cobrar melhorias no serviço, como 98 ônibus previstos para este ano

Por Silvia Frias e Clara Farias | 24/01/2025 07:39
Agereg repete discurso: com alta da tarifa, consórcio tem que cumprir sua parte
Diretor-presidente da Agereg, José Mário da Silva, em entrevista esta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

A cada aumento da tarifa, prefeitura e órgão fiscalizador repetem discurso que, segundo o usuário, fica apenas na palavra. Com aplicação do reajuste de 3,51% na tarifa do transporte público, que passa de R$ 4,75 para R$ 4,95, o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), José Mário Antunes da Silva, diz que cumpriu a decisão judicial e, que agora, irá exigir que o Consórcio Guaicurus “cumpra a parte dele”.

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Com a decisão judicial, a tarifa do transporte público de Campo Grande subiu de R$ 4,75 para R$ 4,95, com tarifa reduzida para R$ 2,00 em datas especiais. O diretor da Agereg, José Mário, afirma que cumpriu sua parte e exigirá o cumprimento do contrato do Consórcio Guaicurus, que prevê a entrega de novos ônibus. Apesar de reconhecer o impacto do aumento no bolso da população (R$ 10,40 a mais por mês em um cenário específico), ele justifica com o subsídio da prefeitura na diferença entre a tarifa regular e a tarifa técnica (R$ 6,17). Não há previsão de novos reajustes, embora o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato esteja em discussão judicial.

O novo valor foi publicado ontem, em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), sendo aplicado os R$ 4,95 para usuários do transporte coletivo, pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Em datas especiais, como Dia das Mães, Dia dos Pais, aniversário da cidade, Natal e Ano Novo, será cobrado R$ 2,00, o que representa 40% do valor da tarifa convencional.

O aumento consta em decisão judicial do último dia 9 de janeiro. O juiz da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, Marcelo Andrade Campos Silva, determinou que o Município de Campo Grande comprove o efetivo reajuste da tarifa, em prazo de 15 dias, sob pena de aplicação diária de multa de R$ 50 mil. A ação foi protocolada pelo Consórcio Guaicurus, que exigia o cumprimento de aditivo contratual, que previa o reajuste em outubro, o que não foi concedido no ano passado.

“Temos que cumprir nossa parte para poder exigir do consórcio e eles cumpram a parte dele”, disse José Mário, em entrevista esta manhã. Segundo ele, o consórcio teria que entregar 97 novos veículos em 2024 e, este ano, mais 98 ônibus. Ele não esclareceu se parte ou a totalidade do previsto foi cumprido no ano passado.

Em nota, divulgada ontem, a prefeitura informou que está exigindo do Consórcio Guaicurus o cumprimento de obrigações contratuais como a renovação da frota, com a substituição de 190 ônibus até 2025.

O diretor da Agereg diz reconhecer que o aumento irá pesar no bolso da população. Fez um cálculo sobre o uso de dois passes por dia em 26 dias úteis, o que representa desembolso de R$ 10,40 a mais por mês. “Eu concordo que isso é pesado para usuário, só que nós procuramos minimizar esse impacto e a prefeitura banca a diferença da tarifa técnica”.

Pelo decreto, a nova tarifa técnica é de R$ 6,17, sendo que a diferença de valor da tarifa regular é paga pelo poder público. José Silva lembra que o Município também banca gratuidade de idosos, estudantes municipais e recebeu aporte do Estado em relação aos alunos da rede estadual.

Sobre mais algum reajuste da tarifa este ano, José Mário diz que não há previsão. Lembrou que o Consórcio Guaicurus reivindica o reequilíbrio econômico-financeiro no contrato, o que está acordado a cada sete anos, conforme aditivo firmado em abril de 2023, mas que isso está em debate judicial, ainda em tramitação. “Tem que aguardar o desfecho da ação”, afirmou.

Pela nota divulgada ontem, a prefeitura de Campo Grande respondeu que a tarifa foi aprovada pelo Conselho de Regulação, composto por representantes da sociedade civil (OAB, Planurb, CREA, Agereg, Consórcio Guaicurus, CAU-MS [Conselho de Arquitetura e Urbanismo], Conselhos Regionais das Regiões Urbanas, Abccon [Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor]) e outros.

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