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Interior

Índios prometem fechar rotatória da MS-156 na manhã desta terça-feira

Paula Maciulevicius | 04/06/2013 06:37
Lideranças decidiram fechar rodovia que dá acesso às aldeias. (Foto: Maryuska Pavão/Dourados News)
Lideranças decidiram fechar rodovia que dá acesso às aldeias. (Foto: Maryuska Pavão/Dourados News)

Os indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru ameaçam de fecham a rodovia MS-156, que dá acesso às comunidades, a partir das 9h de hoje. A decisão está ligada aos confrontos com a Polícia durante a reintegração de posse na última quinta-feira na fazena Buriti, onde o terena Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto.

Segundo o jornal Dourados News, será um manifesto pacífico e por tempo indeterminado. A intenção, segundo as lideranças, é de mobilizar o Governo Federal para que seja feito um estudo de ampliação da área indígena em todo o país.

“Estamos esperando uma resposta positiva por parte do governo, se isso não acontecer estamos dispostos a radicalizar e retomar aquilo que é nosso” afirmou o capitão Guarani, Leomar Mariano.

Ele informou que atualmente as aldeias de Dourados possuem população de 14 mil indígenas, em uma área que era de 3,6 mil hectares. No entanto uma nova medição diminuiu a área em quase 130 hectares.

As lideranças disseram que se não forem atendidos pretendem retomar algumas propriedades rurais localizadas próximo a uma pedreira, que segundo eles são terras indígenas.

“Hoje o índio está morrendo por uma coisa que foi dele, e que esta sendo tomada” disse o capitão.

Nas cidades de Douradina, Amambai e Caarapó os indígenas também farão protestos nas rodovias.
Uma nova decisão judicial suspendeu a reintegração de posse que dava o prazo de 48 horas para que os índios saíssem da fazenda Buriti, em Sidrolândia.

Vizinha à Buriti, na fazenda Cambará, os cerca de 300 índios terena que invadiram a propriedade neste domingo já incendiaram uma das casas, destelharam a maior e prometem não sair da área.

A série de ocupações que a região Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti vive começou no dia 15 de maio e é parte da reivindicação dos 17 mil hectares para ampliação da Terra Indígena Buriti.

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