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Interior

Militares e guerrilheiros paraguaios entram em confronto na fronteira

Pelo menos quatro terroristas da ACA foram abatidos em área a 30 km de Caracol (MS)

Helio de Freitas, de Dourados | 19/11/2021 15:36
Militares paraguaios em operação recente perto da fronteira com MS (Foto: ABC Color)
Militares paraguaios em operação recente perto da fronteira com MS (Foto: ABC Color)

Militares paraguaios da FTC (Força-Tarefa Conjunta) entraram em confronto na tarde desta sexta-feira (19) com guerrilheiros do grupo terrorista ACA (Associação Campesina Armada) nos arredores de Sargento José Félix López, povoado paraguaio conhecido como Puentesiño, no Departamento (equivalente a estado) de Concepción.

O Parque Nacional Paso Bravo, a região do confronto, fica a 30 quilômetros de Caracol e a 60 km Bela Vista, no trecho da fronteira em que os dois países são separados pelo Rio Apa. Há relatos de pelo menos quatro mortos.

Foi nessa área que guerrilheiros da ACA sequestraram e mataram o paraguaio Jorge Manuel Ríos, 24, em julho deste ano. O corpo dele foi encontrado no município de Caracol.

Em entrevista à rádio ABC Cardinal, o porta-voz da FTC, tenente-coronel Luis Apesteguía, confirmou o confronto e falou em três supostos guerrilheiros abatidos pelos militares.

A FTC é um grupo de elite formado por homens das Forças Armadas, treinados especificamente para caçar grupos terroristas de esquerda que dominam a região norte do Paraguai.

Segundo o porta-voz, uma patrulha da FTC percorria a região de Paso Bravo quando foi recebida a tiros por homens escondidos no mato. Os militares revidaram aos disparos e mataram três membros da ACA, grupo responsável pelo sequestro e morte de Jorge Ríos.

Em seguida, a Assessoria de Assuntos Estratégicos do presidente Mario Abdo Benítez confirmou um quarto guerrilheiro abatido durante segundo confronto na mesma região.

Os militares permanecem na área esperando a perícia e o Ministério Público daquele país para tentar identificar os mortos. Segundo o porta-voz, dos três primeiros mortos, dois usavam roupas camufladas e o terceiro estava de trajes civis. Eles estariam armados com fuzil, escopeta e revólver.

Na semana passada, a Polícia Federal em Ponta Porã (MS) pediu a prisão preventiva dos quatro principais líderes da ACA por envolvimento na execução de Jorge Ríos.

Feliciano Bernal Maíz, Hugo Vicente Bernal Maíz, Laubrindo Balbuena Mariz e Elizandro Balbuena Mariz já tinham sido denunciados pelo MP paraguaio por terrorismo, associação terrorista, privação de liberdade, extorsão e extorsão agravada.

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