ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Mulher e três homens viram réus por assassinato de médico

Juiz Ricardo da Mata Reis aceitou denúncia do MP contra Bruna, Gustavo, Keven e Guilherme

Helio de Freitas, de Dourados | 28/08/2023 16:45
Os quatro presos pelo assassinato de Gabriel Rossi; Bruna é apontada como mandante (Fotos: Adilson Domingos)
Os quatro presos pelo assassinato de Gabriel Rossi; Bruna é apontada como mandante (Fotos: Adilson Domingos)

O juiz Ricardo da Mata Reis aceitou denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e transformou em réus os quatro presos pelo assassinado do médico Gabriel Paschoal Rossi, 29, ocorrido no dia 27 de julho deste ano em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

Natural de Santa Cruz do Sul (RS) e formado pela UFGD em março deste ano, Gabriel foi sequestrado, torturado e estrangulado em uma casa de aluguel por temporada na região sul da cidade. O corpo foi encontrado uma semana depois, já em decomposição.

Com a decisão da Justiça, Bruna Nathalia de Paiva, 28, Gustavo Kenedi Teixeira, 26, Keven Rangel Barbosa, 21, e Guilherme Augusto Santana, 34, passam a ser réus por homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado (eles se apossaram do celular da vítima). Os quatro serão julgados pelo Tribunal do Júri.

Segundo a Polícia Civil, Bruna foi a mandante do crime após desacerto com Gabriel por causa de dinheiro de golpes aplicados com cartões de crédito clonados e contra aposentados do INSS. Eles seriam cúmplices.

Para não pagar a parte de Gabriel e impedir que ele denunciasse os golpes, ela teria contratado os três homens para matar o médico. Os quatro foram presos por policiais civis e policiais rodoviários federais de Dourados em Pará de Minas (MG), onde moram.

Para a 14ª Promotoria de Justiça de Dourados, o crime foi perpetrado mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, “uma vez que Gabriel foi atraído até o local onde se encontravam os algozes, em superioridade numérica, rendido com as armas de pressão e imobilizado”.

O Ministério Público aponta ainda que os três homens agiram a mando e sob as coordenadas de Bruna de Paiva, todos previamente em combinação, e após terem torturado o médico, subtraíram o celular dele, um IPhone 11, a mando da mulher que queria eliminar provas.

Crime planejado – De acordo com as investigações, Gabriel e Bruna se conheciam há algum tempo e estavam envolvidos em esquema ilícito, caracterizados como golpes de transações bancárias. “Sucede que, em determinado momento, resultou em uma animosidade decorrente de dívida da denunciada para com a vítima, no valor de R$ 500 mil, decorrente das negociatas que firmaram outrora”, afirma o MP.

Ainda segundo as investigações, Bruna não estava disposta a repassar o valor cobrado pelo médico. Gabriel ameaçou entregar o esquema, pois tinha provas dos crimes.

“Assim, temendo ser descoberta, a acusada tomou a decisão de ceifar sua vida. Premeditou o delito, elaborou uma trama criminosa complexa, a qual acompanharia de perto, para garantir o sucesso do evento delinquente”, diz o MP.

Os três homens estão recolhidos na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Na fase de inquérito, eles confessaram o crime e apontaram Bruna como mandante. A mulher está no Estabelecimento Penal Feminino de Rio Brilhante. Até agora ela se manteve em silêncio.

Receba as principais notícias do Estado pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias