Operação mira grupo de contrabandistas que vigiava polícia nas estradas
Organização criminosa trazia produto contrabandeado em pequenas cargas e mandava para MT
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta terça-feira (11) a operação Finis Actiones, para desarticular organização criminosa especializada no contrabando de cigarros do Paraguai para distribuição em território brasileiro, especialmente em Mato Grosso.
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A operação Finis Actiones, deflagrada pela Receita Federal e Polícia Federal, visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil, com foco em Mato Grosso. O grupo, que operava entrepostos em Dourados e Anhanduí, usava observadores para monitorar a polícia na BR-163 e evitar apreensões. Dez mandados de busca estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os envolvidos, que incluem membros de uma mesma família, podem responder por crimes como contrabando e lavagem de dinheiro. As cargas eram distribuídas principalmente em Rondonópolis e Cuiabá.
O grupo possuía entrepostos em Dourados e no distrito de Anhanduí, em Campo Grande, e também usava observadores para vigiar o trabalho da polícia na BR-163, a fim de evitar a apreensão do produto contrabandeado, enviado em pequenas quantidades.
Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os responsáveis poderão responder por organização criminosa, contrabando e descaminho, além de lavagem de dinheiro. Participam das buscas, quatro auditores-fiscais e seis analistas tributários da Receita Federal e 40 policiais federais.
As cargas entravam em Mato Grosso do Sul pela linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, cortavam o estado pela BR-163 e eram distribuídas principalmente em Rondonópolis e Cuiabá.
De acordo com a Receita Federal, a organização utilizava entrepostos logísticos instalados em Ponta Porã, Dourados e Nova Alvorada do Sul, de onde, posteriormente, as cargas eram distribuídas aos compradores por meio rodoviário.
Negócio familiar – Conforme a investigação, o grupo é formado por pessoas com vínculos bastante próximos, numa espécie de “negócio familiar”. O líder tem como braço direito a própria esposa, a qual prestava apoio logístico e, esporadicamente, atuava como batedora de cargas.
O líder do grupo também teria usado a mãe para abertura de conta bancária, para movimentar dinheiro e ocultar bens adquiridos com os recursos ilícitos. Já o pai do chefe atua como gerente da loja (em nome de sua companheira), supostamente utilizada como entreposto pela organização e para dissimular a origem da fonte da renda familiar.
Motoristas e batedores faziam parte do escalão operacional do grupo, responsáveis por atravessar a fronteira com as cargas, levando-as até Dourados, onde eram recolhidas e mantidas em residências até serem carregadas em veículos e destinadas a outros pontos da cadeia logística.
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