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Interior

Por videoconferência, "Galã do PCC" depõe sobre lavagem de dinheiro

Elton Leonel Rumich será interrogado em abril no processo em que é réu na 2ª Vara Federal em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 12/03/2020 08:56
Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, foi preso há dois anos quando fazia tatuagem, no Rio (Foto: Informe Agora)
Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, foi preso há dois anos quando fazia tatuagem, no Rio (Foto: Informe Agora)

A Justiça Federal em Mato Grosso do Sul interroga no dia 7 do mês que vem, por videoconferência, o traficante internacional Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã. Apontado como importante membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), ele é acusado de ter colocado em prática o plano cinematográfico para execução do chefão do crime organizado na fronteira com o Paraguai, Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016.

O interrogatório feito pela Subseção Judiciária de Ponta Porã será às 13h (horário de Mato Grosso do Sul) do dia 7 de abril, em audiência de instrução e julgamento no processo de lavagem de dinheiro. Galã é réu por usar contas bancárias abertas em nome de “laranjas” para lavar dinheiro do crime. O depoimento estava marcado para esta quinta-feira (12), mas a data foi alterada pela Justiça Federal.

Em julho do ano passado, quando Elton Leonel estava preso no presídio de Bangu I, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal cumpriu contra ele o mandado de prisão preventiva na ação em que ocorre a audiência de abril “em virtude dos comprovados atos de lavagem de dinheiro” envolvendo contas bancárias em nomes de “laranjas”.

Acusado de manter ligação até com o grupo terrorista libanês “Hezbollah”, Galã está desde o mês passado no Presídio Federal de Mossoró (RN), segundo informação do Departamento Penitenciário Federal à Justiça Federal. A transferência foi determinada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) a pedido do Ministério Público após ser descoberto plano do traficante para fugir de Bangu I.

Segundo a inteligência da polícia carioca, Galã pagaria R$ 2 milhões para sair pela porta da frente da penitenciária carioca. O bandido estava em Bangu I desde quando foi preso, em fevereiro de 2018, fazendo tatuagem na perna direita em um estúdio na praia de Ipanema.

Em agosto de 2019, Elton Leonel, de 35 anos, foi condenado pela Justiça Federal em Ponta Porã a 19 anos de prisão por integrar organização criminosa. Na denúncia, o MPF (Ministério Público Federal) afirmou que Galã vive do crime desde os 20 anos, sem nunca ter comprovado qualquer atividade laboral ou empresarial lícita. Além da prisão, a Justiça determinou pagamento de R$ 4 milhões em multa.

(Matéria alterada às 9h47 para correção de informações sobre a data do interrogatório)

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