Suspeita é presa e dois são procurados por incêndio com 3 mortes
Idosa de 76 anos, mulher de 37 e a filha dela, de 1 ano, morreram carbonizadas

Mulher ainda não identificada foi detida pela Polícia Civil como suspeita de envolvimento no incêndio que deixou três pessoas mortas, na madrugada desta segunda-feira (31), em área de retomada indígena em Dourados, a 251 km de Campo Grande.
RESUMO
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Uma mulher foi presa e dois homens são procurados pela Polícia Civil em Dourados, MS, após um incêndio em uma área indígena que resultou na morte de três pessoas: Liria Isnarde Batista, 76 anos, Janaina Benitez Amarilha, 37 anos, e sua filha de 1 ano. A suspeita, de etnia indígena, foi encontrada embriagada e com queimaduras, mas não conseguiu fornecer informações sobre o incidente. O barraco onde as vítimas estavam foi completamente destruído pelo fogo. A polícia continua as buscas pelos outros dois suspeitos.
De etnia indígena, a mulher apresenta arranhões no corpo e tem queimadura no braço. Ela foi encontrada por policiais civis e militares nos arredores da retomada “Tekoha Avaeté”, ao lado da Aldeia Bororó, na região oeste do município.
Completamente embriagada, a suspeita não conseguiu prestar informações sobre o ocorrido e foi levada para a sede do SIG (Setor de Investigações Gerais). Outros dois homens que estariam no local já foram identificados e estão sendo procurados.
Morreram carbonizadas a idosa Liria Isnarde Batista, 76, Janaina Benitez Amarilha, 36, e a filha de Janaina, uma menina de 1 ano de vida. Inicialmente, foi informado que Liria seria mãe de Janaina e avó da criança, mas essa informação não foi confirmada.
O barraco de madeira e lona ficou completamente queimado. Vizinhos alegam não terem visto nem ouvido nada, apesar de morarem em outros barracos bem próximos. Os corpos da mulher e da filha estavam entre as cinzas e o da idosa foi encontrado no quintal. Moradores alegam que cachorros teriam arrastado os restos mortais até o local.
A Polícia Civil descartou qualquer ligação das mortes com o conflito por terra, como chegaram a especular ONGs que defendem a causa indígena. Até o Ministério de Direitos Humanos “embarcou” na versão de que homens armados teriam invadido o acampamento indígena disparando tiros e atearam fogo no barraco.
Nota oficial chegou a ser divulgada no site oficial do ministério do governo Lula, mas horas depois a publicação foi retirada do ar. A deputada federal indígena Célia Xakriabá (PSOL/MG) e a ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara também fizeram postagens em suas redes sociais afirmando que as mortes ocorreram em área marcada por conflitos e cobraram investigação rigorosa. Para a polícia, no entanto, as mortes não têm nenhuma ligação com a disputa por demarcações.
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Matéria atualizada para acréscimo de informações às 23h do dia 31/03/2025