Jogador de futebol e ex-gerente são condenados por desvio de 1,5 milhão em banco
Crime foi descoberto após funcionário executar 129 transferências ilegais; pena dos seis réus chega a 75 anos

Seis homens foram condenados por desvio de R$ 1,5 milhão de uma agência bancária de Campo Grande, entre agosto e setembro de 2023, pelos crimes de lavagem de dinheiro, furto e organização criminosa. Entre eles estão o ex-jogador de futebol da seleção brasileira para amputados, Patrick Pisoni Loureiro, e um dos gerentes do banco, à época do crime.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Seis homens foram condenados por desviar R$ 1,5 milhão de uma agência bancária em Campo Grande, incluindo o ex-jogador da seleção brasileira para amputados, Patrick Pisoni Loureiro, e um ex-gerente do banco. Conhecidos como a quadrilha do Cangaço digital, eles foram sentenciados por lavagem de dinheiro, furto e organização criminosa. As penas variam de 11 a 15 anos de prisão em regime fechado. O crime foi descoberto após transferências ilegais feitas por um gerente, levando à Operação Bypass. A quadrilha usava dispositivos eletrônicos para cometer os crimes, caracterizando o "Cangaço Digital".
O grupo ficou conhecido como a quadrilha do "Cangaço Digital". Como a decisão é de primeiro grau, ainda cabe recurso.
Conforme publicação divulgada nesta terça-feira (1º) no Diário da Justiça, Patrick foi condenado a 11 anos de prisão e Álvaro Silva de Almeida, a 15 anos. Também estão na lista Caio Cesar Pereira Cintra, Natan Martins Moraes, Frhançua Nunes Borges e Luciano Filgueiras Zarbetti, com 12 anos e 4 meses de reclusão, cada um. Inicialmente, os seis vão cumprir as penas em regime fechado. Somadas, as sentenças chegam a 75 anos e 4 meses.

O furto que deu início à Operação Bypass foi descoberto após o gerente do banco realizar 129 transferências bancárias ilegais. Na ocasião, a polícia conseguiu identificar o dispositivo eletrônico que havia sido colocado no notebook de um dos gerentes. Com isso, foi descoberto que as transferências estavam sendo feitas daquele computador. O equipamento foi apreendido, e as investigações tiveram início.
Quando os suspeitos de envolvimento foram identificados, a equipe policial deflagrou a primeira fase da operação, em dezembro de 2023. Na ocasião, dois gerentes foram presos. Ambos colaboraram com a polícia, e um terceiro envolvido, que seria intermediário do grupo, também foi identificado. As diligências continuaram, e um dos chefes da quadrilha foi localizado em São Paulo.
Na ocasião, o delegado Pedro Pillar Cunha, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), disse que a quadrilha era uma evolução do “Novo Cangaço” e classificou a modalidade criminosa como “Cangaço Digital”, pois o furto havia sido realizado por meio de dispositivos eletrônicos, com menor exposição dos envolvidos e penas mais brandas.
A reportagem não localizou a defesa dos réus.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.