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Interior

Terceira fase da Operação Bumerangue cumpre cinco mandados

Helio de Freitas, de Dourados | 08/07/2015 21:01
Buscas foram feitas em empresas na cidade da fronteira; empresário suspeito de ligação no esquema foi ouvido em Dourados Delegados da PF durante entrevista coletiva em Dourados para falar sobre Operação Bumerangue (Foto: Rafael Henrique/Diário MS)
Buscas foram feitas em empresas na cidade da fronteira; empresário suspeito de ligação no esquema foi ouvido em Dourados Delegados da PF durante entrevista coletiva em Dourados para falar sobre Operação Bumerangue (Foto: Rafael Henrique/Diário MS)

Na terceira fase da Operação Bumerangue, a Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (8) quatro mandados de busca e apreensão de documentos em empresas de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Um engenheiro suspeito de ligação com o esquema, desvendado em fevereiro deste ano, foi procurado na cidade da fronteira para prestar depoimento. Ao saber da operação, ele procurou a delegacia da PF em Dourados, na tarde de hoje, e foi ouvido. Delegados que conduzem as investigações concederam uma entrevista coletiva hoje à tarde em Dourados para falar dessa terceira fase.

Segundo o delegado Denis Colares de Araújo, os mandados cumpridos nesta quarta foram expedidos pela Justiça Federal a pedido do MPF (Ministério Público Federal). Dessa vez não houve pedido de prisão. Segundo a PF, chega a R$ 900 milhões o prejuízo causado ao cofre público pela quadrilha acusada de fraudar o fisco federal, com transações comerciais feitas em Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Pelo menos 40 pessoas já foram indiciadas, entre elas alguns funcionários da Receita Federal do Brasil. O engenheiro ouvido hoje é suspeito de ligação com outros acusados no esquema. Conforme o delegado da PF, embora o inquérito principal não tenha sido concluído, o MPF já denunciou algumas pessoas e já existe uma ação penal em andamento. O esquema - A operação desvendou um esquema de fornecimento de produtos siderúrgicos de origem nacional, exportados para outros países apenas no papel e que retornavam ao Brasil sem o recolhimento de impostos, pois as notas eram canceladas.

As entregas eram feitas em São Paulo e no Paraná, sem passar por Mato Grosso do Sul, conforme a PF. O inquérito está sendo conduzido pela PF em Dourados. Os suspeitos são acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica, descaminho, corrupção ativa e passiva e evasão de divisas.

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