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Interior

Três meses após crime, inquérito sobre incêndio com 6 mortes é concluído

Caroline Maldonado | 20/08/2014 14:36
Edson explicou como tudo aconteceu em restituição (Foto: Bruno Martins/A Gazeta News)
Edson explicou como tudo aconteceu em restituição (Foto: Bruno Martins/A Gazeta News)

Após três meses do incêndio criminoso que matou seis pessoas em uma conveniência em Coronel Sapucaia, a 400 quilômetros de Campo Grande, o delegado responsável pelo caso, Leandro Costa de Lacerda Azevedo, encaminhará ao MPE (Ministério Público Estadual) amanhã (21) o inquérito que acusa o mecânico Edson da Silva, 34 anos, de homicídio qualificado de seis pessoas.

Segundo o delegado, o crime prevêi popular, com pena que, somada para cada homicídio, pode atingir 180 anos, embora, conforme a legislação brasileira, a pena máxima cumprida é de 30 anos.

O mecânico causou o incêndio que matou a sogra dele, Rosângela dos Santos, 50 anos, e os dois filhos dela, Alejandro dos Santos e Vanusa dos Santos, 26 anos, que era esposa de Edson. Também morreram os filhos de Vanusa, Thiago, 10 anos, Sabrina, 4 anos, e Stefani, 10 meses. Os dois menores eram filhos do mecânico. De acordo com o laudo da perícia, as vítimas morreram por asfixia.

Edson foi preso no dia 10 de junho, na casa de uma irmã em Naviraí, após confessar o crime. Agora o mecânico está preso em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande.

Ele contou como tudo aconteceu em restituição e dificultou o trabalho da investigação ao dizer que após dar pauladas, que fizeram as vítimas desmaiar e antes de por fogo na casa, pediu a uma vizinha que fizesse uma ligação para pedir pão a um fornecedor, como a sogra fazia de costume. Segundo o delegado, essa pessoa não foi localizada. “É possível que esse pessoa nem exista e ele tenha inventado isso ou esteja ainda acobertando alguém, mas como não há registro do nome dessa pessoa que ele aponta, estamos concluindo o inquérito”, explicou.

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