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Interior

Vizinhas protestam em frente a casa onde bebê foi estuprada pelo pai

Polícia investiga mãe por omissão em caso de menina de 1 ano que morreu após abuso sexual

Por Gustavo Bonotto e Gabi Cenciarelli | 11/07/2025 23:18

Grupo de mulheres protestou, na tarde desta sexta-feira (11), em frente à casa da mãe da bebê de 1 ano e 9 meses que morreu após ser estuprada pelo pai, em Camapuã, a 141 quilômetros de Campo Grande. As manifestantes, visivelmente revoltadas, gritavam ofensas contra a mulher, apontando responsabilidade pela omissão diante dos sinais de maus-tratos sofridos pela filha.

Em vídeo gravado no local, é possível ouvir frases como: “Traz ela aqui, nós não vamos matar não, só bater”, além de acusações como “Assassina” ecoam na mídia, amplamente compartilhada em grupos.

Uma das manifestantes também afirmou: “Ela é mulher, mas não é mãe. Mãe não faz o que ela faz não”. A tensão se estendeu a outras pessoas ligadas à criança, também questionadas por suposta negligência. "Tava na mesma casa e não viu?”, dizia outra voz durante o protesto.

A Polícia Militar foi acionada e enviou uma viatura e duas motocicletas ao local. Segundo informações do site local BNC Notícias, a mobilização teria ocorrido de forma espontânea.

O protesto ocorreu após a divulgação de detalhes da investigação, que agora também envolve a mãe da criança. Inicialmente, ela alegou desconhecimento sobre o abuso, mas passou a ser investigada por omissão.

De acordo com laudos e relatos médicos, a bebê tinha histórico de complicações de saúde, incluindo uma traqueostomia, mas também apresentava sinais claros de abandono: infestação por piolhos, larvas em feridas e pneumonia.

O pai da criança foi preso em flagrante após confessar o estupro. Ele alegou à polícia que “não conseguiu segurar os impulsos sexuais” e disse ter sido abusado na infância. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva e apura se outras crianças no mesmo convívio estavam em situação de risco.

Entenda o caso - Antes do crime, a bebê já apresentava sinais de negligência no cuidado com a traqueostomia. Em um atendimento anterior no Hospital Universitário de Campo Grande, ela deu entrada com larvas, piolhos e pneumonia.

Durante toda quinta (10), o Campo Grande News procurou a Prefeitura da cidade, o Conselho Tutelar e a Secretaria de Assistência Social. O objetivo era solicitar informações sobre eventuais acompanhamentos prestados à família da criança e saber se havia registros de denúncias de maus-tratos envolvendo a bebê ou os irmãos, tanto por parte da mãe quanto do pai.

O único órgão que atendeu a reportagem foi o Conselho Tutelar. No entanto, após horas de espera, uma assistente informou que não haveria manifestação no momento. Após insistência da equipe, ela disse apenas que, caso haja algum pronunciamento, o Campo Grande News será contatado.

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