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Cidades

Metade da lista telefônica é suspeita de mandar matar delegado, diz advogado

Graziela Rezende | 17/09/2013 10:43

Advogado do suspeito de ser o pistoleiro na execução do delegado Paulo Magalhães, no dia 25 de junho, em Campo Grande, Renê Siufi critica o andamento das investigações. Ele diz que a Polícia somente encontrará o mandante do crime quando ligar para “metade da lista telefônica de Campo Grande”.

“Acho que metade da lista é suspeita de ser o mandante e todas estas pessoas tem que ouvidas pela Polícia. Falo isso porque o delegado tinha inúmeras ações contra ele e várias pessoas podem ser suspeitas”, diz o advogado, ressaltando que inclusive autoridades podem estar envolvidas no crime.

Sobre a prisão temporária do seu cliente, o guarda municipal José Moreira Freires, 40 anos, o Zézinho, a vencer na próxima quinta-feira (19), Siufi diz que a investigação se baseia apenas em denúncias anônimas e que Freires deveria estar solto porque tem bons antecedentes, residência e emprego fixo .

“Já entrei com o pedido de revogação dessa prisão porque a Polícia não tem provas contundentes para mantê-lo preso. Na verdade, está se baseando no diz que me disse, principalmente porque se as provas fossem sérias, o inquérito já estaria finalizado e enviado ao Fórum da Capital”, argumenta o advogado.

Outro problema que ele critica seria a falta de acesso as investigações. “O juiz informou que está em segredo de Justiça e não pude saber de nada. Ainda tentei recorrer ao tribunal, mas tive acesso a somente parte dos pareceres”, comenta Siufi.

Já o diretor geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas, cita que o prazo da prisão será decidido entre hoje (17) e amanhã. “Eles é que vão decidir. Trinta dias é um prazo que pode parecer muito, mas não é. E nossas investigações são contundentes, principalmente pensando na condenação dos envolvidos. Não os queremos soltos e é este mesmo o papel da defesa, de criticar”, analisa o diretor.

Sobre as provas para a prisão do pistoleiro e o comparsa Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, o diretor diz que são “fortes o suficiente” para mantê-los na cadeia. “O advogado tem que atacar mesmo, este é o trabalho dele. Antes, falaram que não chegaríamos aos suspeitos e eles estão presos, então o mandante é o próximo passo”, finaliza o diretor Razanauskas.

Crime - Paulo Magalhães Araújo, 57 anos, foi atingido por uma pistola de 9 milímetros, de uso restrito do Exército. Ele estava na frente da escola da filha, na rua Alagoas, quando foi alvejado.

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