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Cidades

Movimento comemora, mas trabalhadores lamentam decisão do Senado

Christiane Reis | 31/08/2016 14:25
Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente do Brasil. (Foto: Marcos Oliveira)
Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente do Brasil. (Foto: Marcos Oliveira)

Tristeza e preocupação de um lado, sentimento de vitória do outro. Para a CUT (Central Única dos Trabalhadores) a decisão dos 61 senadores pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma afronta à democracia, já o Movimento Pátria Livre, que foi às ruas pedindo pela saída da presidente, acredita que o grito de “fora Dilma” foi ouvido. Os movimentos favoráveis ao impeachment organizam uma carreata para comemorar a decisão, com saída às 18 horas do Obelisco, localizado na Avenida Afonso Pena com a Rua José Antônio.

Para o presidente da CUT-MS Genilson Duarte, a saída da presidente vai resultar na restirada de direitos dos trabalhadores. “Existem vários projetos que visam tirar os nossos direitos, essa é a maior preocupação agora. Sabemos que quem vai entrar não tem compromisso com os trabalhadores e isso é muito preocupante”, disse. Ele disse que não porque ir para as ruas e que a Central vai esperar o Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro, para se manifestarem sobre o ocorrido.

Já a empresária e integrante do Movimento Pátria Livre, Carmem Moraes, considerou a decisão uma vitória. “Viemos lutando há tempos e hoje, enfim, podemos dizer, fora Dilma”, declarou. Ela acredita que a presidente deva recorrer, mas disse que está otimista com o que considerou vitória neste 31 de agosto.

Para comemorar os grupos favoráveis ao impeachment vão se reunir às 18 horas no Obelisco, um dos monumentos de Campo Grande, para, em carreata seguir até o Shopping Campo Grande e retornar. Segundo Carmem Moraes será uma forma de comemorar. “Ainda não estimativa de quantas pessoas irão participar, mas estamos informando e esperamos que muitos compareçam”.

Votação - Com 61 votos a favor e 20 contra, os senadores decidiram, nesta quarta-feira (31) cassar o mandato da primeira mulher eleita, com 54,5 milhões de votos, presidente do Brasil. A votação no Senado foi nominal e eletrônica.

Os senadores responderam à seguinte pergunta: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?”

Dilma Rousseff, mineira de 68 anos, 36ª presidente da República, primeira mulher a presidir o Brasil, governou o País de janeiro de 2011, sucedendo a Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT, até maio deste ano, quando foi afastada temporariamente por decisão do Senado, quase um ano e meio depois de iniciar seu segundo mandato. A denúncia que resultou no impeachment foi apresentada pelos juristas Helio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Junior.

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