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Cidades

MPMS denuncia membros de organização criminosa ligada a PCC em Nova Andradina

Daniel Machado | 02/02/2015 22:59

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina/MS, após investigação da pela Polícia Civil, ofereceu denúncia contra diversos integrantes de organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que vinham atuando em Nova Andradina desde o início de 2014. O processo criminal tramita na Vara Criminal de Nova Andradina.

Ao todo, foram denunciadas 22 pessoas pela prática do crime de organização criminosa, quatro pela prática do crime de comércio ilegal de armas de fogo, uma pela prática do crime de tráfico de drogas e 18 pela prática do crime de associação para o tráfico. Todos os envolvidos tiveram suas prisões preventivas decretadas, sendo que 20 encontram-se presos e apenas dois permanecem foragidos.

Dos envolvidos, 14 respondem ou já foram condenados pela prática de tráfico de drogas, cinco pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, dois por latrocínio tentado, dois por homicídio e quatro por roubo.

Operação - A operação policial que desencadeou o oferecimento da denúncia durou cerca sete meses e acompanhou, passo a passo, a rotina dos envolvidos, oferecendo farto material probatório que lastreou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado.

Durante a operação, batizada de Plumbum (Pb é o elemento químico da tabela periódica e apelido de um dos líderes da organização), foi interceptado um carregamento de aproximadamente 2.500 kg (dois mil e quinhentos quilos) de maconha. Também foram apreendidas armas de fogo, munições, veículos e outros bens.

A estrutura da organização criminosa - A organização criminosa funcionava por meio de células ou núcleos operacionais com funções claramente identificáveis e distintas, mas sempre interligadas.

O primeiro núcleo era formado apenas por membros ou simpatizantes do PCC, que exerciam a função de “DISCIPLINAS” em Nova Andradina e eram responsáveis por fazer valer as ordens emanadas da liderança da facção e garantir o cumprimento das diretrizes e regras de disciplina da organização criminosa.

O segundo núcleo era responsável por trazer o entorpecente da fronteira do Paraguai, mantê-lo em depósito em assentamento localizado no Distrito de Nova Casa Verde, em Nova Andradina, e depois entregá-lo aos distribuidores e proprietários de “bocas-de-fumo” locais ou encaminhá-los a outras partes do Brasil.

O terceiro núcleo era formado por membros de uma mesma família que eram responsáveis por grande parte da venda de drogas em Nova Andradina, em especial nos Bairros Argemiro Ortega e Morada do Sol. Além disso, atuavam no comércio ilegal de armas de fogo que, depois de adquiridas, eram repassadas em sua maioria a adolescentes para a prática de atos infracionais graves.

O quarto núcleo era responsável pelo efetivo transporte do entorpecente e apoio operacional e logístico dado aos demais integrantes da organização. Os integrantes desse núcleo atuavam tanto como motoristas de carregamentos de drogas e “batedores”, quanto como executores de crimes patrimoniais ou fornecedores de apoio logístico para os demais membros da organização.

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