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Cidades

Professores da UFMS devem aprovar greve da categoria nesta quarta-feira

Antonio Marques | 09/06/2015 16:36
Os professores da UFMS já realizaram alguns atos no Estado e devem aprovar a greve da categoria nesta quarta-feira (Foto: Divulgação site/Adufms)
Os professores da UFMS já realizaram alguns atos no Estado e devem aprovar a greve da categoria nesta quarta-feira (Foto: Divulgação site/Adufms)

Os professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) devem aprovar greve da categoria nesta quarta-feira, 10, durante as assembleias que serão realizadas simultaneamente na Capital e nos dez câmpus da Universidade no Estado. A paralisação dos docentes e funcionários técnico-administrativos já atinge 44 das 63 universidades federais do país, segundo o presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), José Carlos da Silva.

Conforme o presidente da Adufms, o governo federal não sinalizou até o momento com uma contraproposta à reivindicação dos docentes da UFMS. “Além dos 27,3% de reposição de perdas salariais, também queremos melhorias nas condições de trabalho e reestruturação da nossa carreira”, declarou.

José Carlos lembrou que o último enfrentamento da categoria aconteceu em 2012, quando foi negociada proposta de reposição salarial escalonada para os três anos subsequentes, prazo vencido no último mês de março. Desde então, os docentes das universidades federais em todo o país estão tentando o diálogo com o governo federal, porém o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão não se manifestou com uma contraproposta.

Segundo José Carlos, pelo calendário de negociação, o Ministério já deveria ter aberto o diálogo. O Campo Grande News apurou que o projeto de lei que trata da reposição salarial dos servidores federais deve iniciar a tramitação no Congresso Nacional em 21 de agosto. Isso pode sinalizar que a greve dos docentes pode ser demorada, se o Ministério não apresentar algo significativo às entidades sindicais.

O presidente da Adufms lembra que, nos últimos anos, o governo ampliou o número de vagas nas universidades em 150%, “mas o índice de docentes aumentou somente 40% e as estruturas permaneceram as mesmas”, comentou. Outro ponto importante entre as reivindicações da categoria é a reestruturação da carreira docente. “Não podemos aceitar diferenciação no reajuste dependendo do nível de enquadramento do docente. Defendemos o mesmo índice para todos”, ressaltou José Carlos.

Em Campo Grande, a assembleia dos professores vai acontecer no auditório 2 do Complexo Multiuso, no campus da UFMS, às 8h. No interior, também será nos próprios câmpus da Universidade. Com aprovação da greve, a paralisação deve iniciar a partir do próximo dia 16.

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