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Boa Imagem

Seu cheiro pode estar sabotando a sua imagem

Muitas vezes o perfume em excesso pode ser pior que cecê ou chulé

Por Larissa Almeida (*) | 12/12/2024 16:05

A nossa imagem é composta por diversos elementos, além dos visuais. No campo dos sentidos, os aspectos olfativos e auditivos (tom de voz, timbre, entonação e velocidade da fala) também são importantíssimos. Imagine você chegando a uma reunião de trabalho com uma vestimenta impecável, comportamento adequado, comunicação super desenvolta, mas exalando um odor desagradável a todos que entram em contato com você?

É importante tomar cuidado tanto com os odores exalados naturalmente pelo nosso corpo, como o hálito, o cheiro de suor, e os famosos cecê nas axilas e chulé nos pés, quanto com os aromas artificiais que usamos, como perfumes, desodorantes e outros cosméticos.

No primeiro caso, manter uma higiene adequada geralmente basta, ou seja, quando o mau cheiro não está associado a algum problema de saúde. Então usar fio dental e escovar os dentes após as refeições, tomar banho com regularidade, usar meias com sapatos fechados ou talcos próprios para evitar o chulé e a proliferação de bactérias que causam mau cheiro, além do desodorante nas axilas costuma ser suficiente.

Já no segundo caso, os perfumes que aplicamos no corpo, a questão é mais delicada. Isso porque o que é cheiroso para uma pessoa pode não ser cheiroso para outra. O perfume em excesso, mesmo que seja de excelente qualidade, caríssimo, importado, é sim um sabotador de imagem. Existem diversas maneiras de se tornar marcante e fazer sua presença ser notada, e optar pelo perfume costuma ser uma péssima escolha.

A intenção aqui é dar um alerta. O perfume, quando usado na quantidade adequada, pode ser de excelente ajuda. Mostra personalidade, cuidado. Mas o problema está no excesso, quando ofusca até o usuário, é o que sobressai na imagem da pessoa.

Se você entra no ambiente e as pessoas já sentem seu perfume, é um problema. Se você deixa seu perfume no elevador ou nos cômodos quando sai, é um problema. Se seu perfume gruda nas pessoas que você cumprimenta, é um problema. Se quem está há 1 ou 2 metros de você já sente seu perfume, é um problema. Sinto dizer que você pode estar criando barreiras de comunicação das pessoas com você, porque as pessoas evitam chegar perto. E o ponto principal: pode estar causando enxaqueca e enjoos nas pessoas. O perfume forte costuma ser gatilho para pessoas que sofrem de enxaqueca e alergias.

Deixar rastros não é sábio e beira a falta de educação e consideração. Se o objetivo é causar impacto, melhor optar por elementos visuais que não causam desconforto nas pessoas. O nosso direito termina onde começa o do outro, e o nosso campo olfativo deveria terminar onde começa o do outro.

Se você costuma usar o mesmo perfume todos os dias, pode estar se sabotando sem perceber, porque perdemos a sensibilidade àquele cheiro. Na dúvida, uma borrifada no pescoço costuma ser suficiente. Se tem dúvida se está exagerando na dose, você pode perguntar para pessoas que são mais íntimas também. Só não ignore o aspecto olfativo na sua imagem, ele é importantíssimo!

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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