Botox tornou-se um cosmético a mais
Houve um tempo em que essas injeções, capazes de relaxar as rugas e paralisar a musculatura facial, eram privilegio reservado às celebridades e às milionárias. Custavam mais de seis vezes que atualmente. Hoje, são um fenômeno que transcende classes e gerações.
Tudo começou no distante 2002.
A toxina botulínica, uma forma purificada da bactéria “Clostridium botulinum”, foi aprovada pela primeira nos Estados Unidos em 2002. Desde então, seu uso não parou de crescer. Com o tempo, a oferta aumentou, os custos se reduziram e começou a ser vista como algo cotidiano. A democratização chegou em 2010, quando as redes sociais e as novas referências estéticas fizeram com que fosse percebida como algo natural e acessível. A pandemia marcou outro ponto de inflexão para cima. A normalização do cuidado estético como parte do bem estar das pessoas, contribuiu para eliminar algum estigma que ainda existia.
Um projeto de manutenção permanente.
O auge atual do botox não pode ser sido apenas como um fator estético. É muito mais amplo, ainda que os usuários não percebam. Os rostos passaram a ser entendido por essa indústria como um projeto de manutenção permanente. O botox não funciona como uma compra pontual. É um sistema de consumo continuo porque seus efeitos duram apenas alguns meses e obrigam as pessoas a repeti-lo de forma indefinida. A grande aposta atual da industria do botox é conquistar clientes cada vez mais jovens. Quanto antes começar a usá-lo, mais anos permanecerá dentro do circuito e mais lucro gerará. Não há duvida, o botox tornou-se um mero cosmético
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