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Em Pauta

Religião e voto: teremos uma guerra santa?

Mário Sérgio Lorenzetto | 20/08/2022 09:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
No vídeo de lançamento da campanha do PT, uma das primeiras palavras ditas pelo candidato Lula foi Deus. Lula pediu que sua caminhada na busca pela presidência seja iluminada. Seu único oponente real, os demais são obra da ficção, Jair Bolsonaro, tem interlocução, aprovação e intenção de votos alta entre o eleitorado que se declara evangélico.


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A eleição da guerra religiosa.

Em eventos e atos públicos, ainda na pré-campanha, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a nova aposta dos marqueteiros, já explorava a fé e a crença nos momentos em que acompanhou o atual presidente. Ligou as antigas gestões petistas a "demônios". Michelle é evangélica. O presidente se declara católico, mas defende que o Estado não seja laico. Ao longo de seu governo, os evangélicos ganharam espaço, protagonismo e benesses. Muitas benesses, inclusive em isenção de impostos para pastores e Templo. Nada diferente da época petista, quando padres, bispos e personagens a eles ligados, tinham voz e comando de segmentos governamentais. Aliás, parte importante da igreja católica participou ativamente na fundação do PT. Evangélicos x Católicos, teremos uma guerra religiosa?


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A velha intolerância religiosa.

Eleição no Brasil é obra de gente que não sai do quadrado de sempre. Gente desprovida de qualquer capacidade de discutir os reais problemas brasileiros. Apenas apertam alguns "botões" e está feito o discurso. Um dos mais usados "botões" é o religioso. Como se religião estivesse entre os 100 maiores problemas nacionais. Não é problema algum. Mas Bolsonaro aposta no segmento evangélico que lhe deu 70% dos votos. Enquanto Lula, com uma conversa de que não é "candidato de uma facção religiosa", imprime toda a força de campanha para conquistar algum percentual nesse meio religioso. Observem bem, são apenas discursos eleitorais. Vazios. O que realmente importa é a economia, temas indigestos para Lula e Bolsonaro. Abre-se o Mar Vermelho e os dois vão se empurrando para ver quem chega primeiro na praia onde está o maná. É o maná que importa.
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