Proprietários do empreendimento Nasa Park, falam pela 1ª vez sobre rompimento
Empresários dizem que barragem estava em perfeito estado e levantam suspeita de sabotagem no rompimento
A empreendedora proprietária do Nasa Park, localizada a 15 km da Capital, no município de Jaraguari MS ,falam sobre o rompimento de sua barragem , que causou alguns danos na região, no dia 20 de agosto de 2024. Em conversa exclusiva com o Campo Grande News, os proprietário da A&A Empreendimentos Imobiliários, Alexandre Alves Abreu e Anselmo Paulino dos Santos, defenderam a regularidade do projeto e levantaram a hipótese de que o rompimento pode ter sido provocado por ação criminosa.
Segundo eles, o projeto foi devidamente autorizado pelo órgão ambiental ainda em 1995, com todas as licenças e publicações exigidas à época. A barragem, conforme relatado, foi construída como parte de um plano de recuperação de área degradada, um Prad, e esteve em perfeito estado por quase 30 anos. Foi uma obra sólida, sem dúvidas sobre a estrutura. Temos laudo técnico que atesta estudo de compactação e laudo de engenheiro civil , onde não ficou descartado vandalismo ou sabotagem , afirmaram os sócios proprietários.
A represa faz parte da estratégia com estudo técnico junto ao orgão ambiental (Semades) a época , de recuperação da área, que foi degradada na década de 80 por um areieiro

A A&A sustenta que estudos técnicos recentes, feitos por um engenheiro geólogo, comprovaram que as partes da barragem que permaneceram intactas continuam seguras. Eles destacam ainda que, no momento do rompimento, moradores e funcionários ouviram uma explosão, o que, segundo a empresa, levanta fortes indícios de que pode ter ocorrido uma sabotagem.
“Não estava chovendo no dia, era um período extremamente seco. Nosso vertedouro era suficiente para escoar qualquer volume extra de água. Tudo indica que o rompimento pode ter ocorrido por uma ação mecânica externa”, apontam os empreendedores.
A empresa atesta que entregou vídeos e relatos de testemunhas ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e que aguarda a conclusão das investigações para esclarecer a causa do rompimento.
Documentos oficiais do orgão ambiental, mostram que a área passou pela recuperação de área degradada e barragem podia ser efetivada.

Assistência imediata - Logo após o acidente, os empresários afirmam que priorizaram o socorro às famílias atingidas. Profissionais foram contratados 3 hrs após o ocorrido, e estiveram no local no dia seguinte logo pela manhã para fazer o levantamento de perdas e prestar assistência.
“Visitamos cada propriedade, coletamos assinaturas, documentos pessoais e fizemos os atendimentos necessários, tudo devidamente registrado e entregue ao Ministério Público”, reforçaram Alexandre e Anselmo.
A A&A firmou um acordo com o MPMS para indenizar os atingidos. Conforme os empresários, apenas uma das áreas afetadas não recebeu o valor combinado, por conta de divergências de documentação e denúncias de tentativa de fraude.
“Mesmo com todos os bens e contas bloqueados pela Justiça, nunca nos eximimos das nossas responsabilidades. Seguimos cumprindo todas as exigências dos órgãos competentes”, e mantivemos o empreendimento com os mesmos cuidados , completaram.

Além da reparação financeira dessas famílias, o plano de recuperação ambiental já está na quarta fase, das seis estabelecidas. Entre as medidas aplicadas está o reflorestamento da área afetada, contando com a participação do poder público e Executivo Municipal de Jaraguari - que acompanha esse processo em cada detalhe.
Recuperação e laudos - Os empreendedores proprietários da represa particular Nasa Park , contrataram empresa especializada em Barragens do estado de Minas Gerais- MG , com profissionais especializados, engenheiro civil capacitado , ondeem breve será apresentado o projeto de recuperação da barragem conforme solicitado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e que assim que autorizados iniciarão as obras. Eles também destacam que o próprio diretor do Imasul, na época, declarou publicamente ao G1 ,que não havia problemas estruturais no barramento.
A empresa reitera que está empenhada na reparação dos danos desde o primeiro momento e reforça que, até agora, não há laudo que comprove falha estrutural ou responsabilização direta da empresa pelo rompimento.
Por fim, o Nasa Park e seus responsáveis legais estão à disposição para qualquer esclarecimento sobre o fato. As investigações continuam na Polícia Civil e o caso é acompanhado de perto pelos órgãos de fiscalização. Em breve, a empresa deve divulgar atualizações.
A advogada que representa a empresa Dra Alice Alfofa Ploger Zeni esta a disposição para mais informações através do email: aliceadolfa@aliceadolfaadv.com.