Moradores denunciam cães que mataram 12 gatos no Cabreúva
Vizinhos relatam que animais são usados para vigiar imóvel; dona diz que cães “agem por instinto"
RESUMO
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Moradores da Rua Dom Pedro I, no bairro Cabreúva, denunciam que dois cães de guarda mataram 12 gatos nos últimos quatro anos. O caso mais recente ocorreu na quarta-feira (21), quando um felino da região da Orla Morena não resistiu aos ferimentos após ser atacado. A proprietária do imóvel, que não reside no local, afirma que os cães agem por instinto e responsabiliza os tutores dos gatos. Vizinhos denunciam que os animais são alimentados apenas três vezes por semana e já buscaram auxílio das autoridades, sem sucesso.
Moradores da Rua Dom Pedro I, no bairro Cabreúva, denunciam que dois cães, usados como vigilantes de uma casa no local, estão matando diversos gatos na vizinhança. O ataque mais recente foi registrado na quarta-feira (21). Segundo relatos, os vizinhos já procuraram as autoridades e também tentaram resolver a situação diretamente com a dona da casa, que teria respondido, por mensagem, que os animais “agem por instinto”. Este relato veio através do canal Direto das Ruas.
Uma moradora, que prefere não se identificar por medo de represálias, afirma que o problema perdura por quatro anos e que, até agora, 12 gatos, incluindo animais de vizinhos, já foram mortos pelos cachorros. Ela também denuncia que os cães são alimentados apenas três vezes por semana e acredita que estejam na casa apenas para fazer vigilância, já que a proprietária não mora no imóvel.
“Os cães são alimentados três vezes por semana. Ontem (22) fez cinco dias que vieram por causa do que aconteceu com o gato. Foram feitas várias denúncias, pelos próprios vizinhos. Eu mesma registrei uma no CCZ, porque a Decat nunca atende”, relatou a moradora.
Segundo ela, a casa pertence a uma senhora que vive em uma chácara. Quem cuida dos animais é a filha, que mora em Campo Grande e vai até o local três vezes por semana. No entanto, após o último ataque, a família da proprietária informou que o imóvel, na verdade, pertence à irmã da dona, que vive em Ponta Porã.
A reportagem tentou contato com uma senhora, apontada pelos vizinhos como proprietária, que chegou a dizer que enviaria um posicionamento, mas, depois, repassou o número de uma outra pessoa, que seria a verdadeira dona do imóvel. Esta mulher, afirmou saber quem fez a denúncia e disse que conversou educadamente com a vizinha, que por ser "nova" no bairro, estaria querendo "criar caso".
A mulher afirmou ainda que a família viveu mais de 40 anos na residência, e que atualmente se mudaram para outra cidade, colocando o imóvel à venda. No entanto, informa que os animais são alimentados diariamente, por pessoas da família que ainda vivem na Capital, e que um primo dorme três vezes por semana na casa, sendo assim os cachorros não ficariam totalmente sozinhos.
Ela informa que é dona dos cachorros, e que após a venda da casa eles irão viver em uma chácara, com a mãe dela. "A minha irmã tem uma filha que estuda aí próximo, ela vai todos os dias dar ração, água", afirma.
No entanto, a dona confirma a morte de gatos, e justifica isso pelo fato de que os seus cães não gostam dos animais e destaca que a responsabilidade do cuidado com os felinos é dos donos. "Por isso a gente tem eles dentro do quintal. Eles nunca saíram para fora da rua, nunca", diz.
A dona dos animais também relata que foi alvo de denúncias devido às mortes de gatos, mas que quando os fiscais, que não soube informar de que órgão era, chegaram na residência, a família estava no local, os agentes entraram, analisaram os cachorros e teriam ficado "bravos" devido à denúncia.
"Eles falaram que as pessoas ficam perdendo tempo de denunciar uma coisa porque tem raiva do vizinho por alguma coisa que aconteceu, e o serviço deles é coisa séria, e os animais são extremamente cuidados. Eles comprovaram isso", pontuou a proprietária.
Em um grupo de redes sociais sobre animais perdidos e encontrados, outra moradora relatou o caso mais recente. “No momento em que os cães estavam comendo o gato vivo, foi feita uma ligação para a dona, que respondeu que os cachorros são alimentados três vezes por semana”, escreveu.
Segundo a publicação, o gato atacado morava na Orla Morena, era manso e chegou a ser levado a uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos. “A casa está vazia. Já morreram dezenas de gatos. Na hora do ataque, ligamos para o 190, e nos orientaram a acionar a Decat, que nunca atende”, relatou a moradora.
**Reportagem atualizada às 17h53 para inserção de resposta da família proprietária do imóvel.
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