Segurança vira verdadeiro "guincho humano" ao tirar carros de buraco em esquina
Liezer ficou o dia todo ajudando motoristas que caíram em buraco na esquina da Rua Brasil com a Rua das Garças
Aos 74 anos, o reservista do Exército e segurança de um escritório, Liezer Manuel de Oliveira, passou esta quarta-feira (16) ajudando motoristas que tiveram os carros engolidos por um buraco aberto na esquina da Rua Brasil com a Rua das Garças, região central de Campo Grande. O segurança improvisou pedras e usou força física para levantar veículos e liberar o trânsito.
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Aos 74 anos, Liezer Manuel de Oliveira, segurança e reservista do Exército, tornou-se um "guincho humano" ao ajudar motoristas cujos carros caíram em um buraco na esquina da Rua Brasil com a Rua das Garças, em Campo Grande. O buraco, causado por uma tampa de galeria pluvial que cedeu, engoliu três veículos em um dia. Liezer usou pedras e força física para liberar os carros, evitando danos. Sem sinalização, o local representa risco para motoristas e pedestres. A prefeitura ainda não se manifestou sobre o problema.
Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
“Hoje foram três. De manhã caiu um Gol, depois um Saveiro, e mais um carro agora há pouco. Graças a Deus nenhum se danificou, mas só porque conseguimos tirar antes”, contou. As imagens registradas por vizinhos mostram Liezer entrando na vala aberta para apoiar pneus e orientar as manobras dos motoristas.
O buraco fica ao lado da calçada, onde a tampa de concreto da galeria pluvial cedeu. Com o desnível, a estrutura metálica de escoamento ficou exposta, ampliando o risco para quem estaciona ou tenta fazer conversões no cruzamento. Em frente, funcionam consultórios médicos, clínicas e pequenos comércios, com fluxo intenso de veículos ao longo do dia.
Segundo Liezer, o problema começou com o acúmulo de água durante o período chuvoso. “A água vem descendo, entra pela grelha, e foi afundando. O vizinho aqui do lado falou que esse buraco já está aí faz tempo. E do outro lado da rua tem outro, igualzinho, prestes a abrir também.”
Ele relata que uma das motoristas atendidas ficou em choque. “Caiu um Pálio ontem com uma senhora que vinha para consulta. Ela ficou chorando, preocupada com o carro. Eu fui lá, levantei a lateral e outro rapaz colocou pedra debaixo da roda. A gente conseguiu tirar.”
Sem qualquer tipo de sinalização ou isolamento, o local segue vulnerável. A calçada também apresenta rachaduras e trechos danificados, o que representa risco para pedestres. “Se for uma pessoa gestante, um idoso, pode acontecer coisa mais grave. É só olhar o tamanho do buraco”, alerta Liezer.
A reportagem solicitou posicionamento da Prefeitura de Campo Grande sobre a situação e aguarda resposta.