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Economia

Além de efeitos na saúde, calor também esvazia lojas no Centro

Vendedores falam sobre "calorão" enquanto clientes preferem espaços mais frescos para comprar

Por Alison Silva | 16/11/2023 18:18
Ventilador em loja de chinelos na Rua 14 de Julho (Foto: Alex Machado)
Ventilador em loja de chinelos na Rua 14 de Julho (Foto: Alex Machado)

Com intenso calor, as altas temperaturas têm afastado os clientes da região central de Campo Grande. Lojistas disseram ao Campo Grande News que quem passa pela Rua 14 de Julho escolhe lojas climatizadas e com ambientes frescos, enquanto espaços com pouca ventilação e abafados lutam por compradores.

Vendedora em uma loja de chinelos, Sabrina da Silva, 18 anos, disse que o local é movimentado, mas os clientes deixam o espaço muito rápido porque a loja conta apenas com dois ventiladores. “Ultimamente, as pessoas entram na loja, percebem o espaço abafado, compram e saem rapidamente. A situação está assim faz horas, os clientes não ficam por muito tempo”, disse.

Vendedora Sabrina da Silva, 18 anos (Foto: Alex Machado)
Vendedora Sabrina da Silva, 18 anos (Foto: Alex Machado)

Para a jovem, o calor é muito prejudicial, pois, segundo ela, os clientes já chegam na loja se “abanando”. “Clientes chegam se abanando, reclamam do calor e vão embora, temos só dois ventiladores, é bem complicado", falou.

Vendedora de uma eletrônicos e utilidades Ana Júlia, 19 anos (Foto: Alex Machado)
Vendedora de uma eletrônicos e utilidades Ana Júlia, 19 anos (Foto: Alex Machado)

Para Ana Júlia, 19 anos, o movimento caiu bastante em função do calor. “Abrimos recentemente e o calor tem atrapalhado um pouco. Uma das estratégias é tentar atrair o cliente já na entrada, tá muito abafado, os clientes acabam ‘fugindo’", disse.

Uma das alternativas dos comerciantes é apelar para estratégias que atraiam clientes. “Temos um climatizador aqui na entrada, isso ajuda, a coisa é organizar para atrair o pessoal que passa por aqui”, complementou a vendedora que está na loja há cerca de dois meses.

Gerente de loja de calçados, Andrey Goulart (Foto: Alex Machado)
Gerente de loja de calçados, Andrey Goulart (Foto: Alex Machado)

Gerente de outra loja de calçados há três anos, Andrey Goulart disse que o espaço é diferente dos concorrentes. Climatizada e com ar-condicionado, a loja é um atrativo para os nove vendedores do local, que reconhecem que o espaço mais fresco atrai o cliente e faz com que ele permaneça por mais tempo. “Nossa loja é estreita e comprida, o ar-condicionado e as saídas de ar facilitam o que acaba atraindo clientes. Temos essa vantagem em relação aos outros lojistas, por exemplo”, disse.

Ambiente climatizado de loja de calçados (Foto: Alex Machado)
Ambiente climatizado de loja de calçados (Foto: Alex Machado)

Andrey disse que o modo de atendimento dos colegas também é um atrativo para quem passa próximo da loja. “O cliente chega, senta, não existe pressão para atender, podemos ajudar, mas deixamos o cliente tranquilo para fazer suas compras, Com todo esse calor, a climatização ajuda. Como a loja é fresquinha, o cliente acaba ficando mais à vontade para comprar”, completou. Segundo o gerente, os horários de maior movimento na loja são às 10h30, 15h30 e por volta das 17h.

Professora, Daniely de Oliveira disse que a tendência é que os clientes se afastem mais do local e escolham os shoppings para fazer suas compras. “Está muito quente, o calor tem parcela na queda de venda, afastou os clientes. O fato de não ter estacionamento, muitas vezes afasta também. Como é muito quente, as pessoas preferem ir ao shopping, caso contrário compram e saem rápido”, falou.

Professora, Daniely de Oliveira (Foto: Alex Machado)
Professora, Daniely de Oliveira (Foto: Alex Machado)

Funcionário de uma conveniência, Eduardo Fernando Souza, 18 anos, fez manutenção no aparelho dental pela Rua 14 de julho. “Acredito que o calor deu uma afastada dos clientes, ambiente climatizado ajuda, atrai clientes, gosto muito de boné, tênis, às vezes compro por aqui, mas o calor tem afastado muita gente”, finalizou.

Funcionário de uma conveniência, Eduardo Fernando Souza, 18 anos (Foto: Alex Machado)
Funcionário de uma conveniência, Eduardo Fernando Souza, 18 anos (Foto: Alex Machado)

No fim do dia, com o início do pôr do sol, o fluxo de pessoas cresce ligeiramente, entretanto, neste horário, os lojistas estão fechando as portas.

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