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Economia

Aluguel caro e precariedade de prédios levam lojistas a fechar portas no Centro

Mariana Rodrigues | 13/06/2015 09:20
Cada vez mais os comerciantes estão fechando as portas no centro. (Foto: Marcelo Calazans)
Cada vez mais os comerciantes estão fechando as portas no centro. (Foto: Marcelo Calazans)

Após fechamento de 40% das lojas do Centro de Campo Grande, é comum encontrar salões comerciais com as portas fechadas e placas chamando a atenção para venda ou aluguel. O valor cobrado tem sido o vilão de muitos lojistas que reclamam e classificam o preço cobrado como fora dos padrões. O aluguel mais barato na região custa em torno de R$ 1 mil.

Segundo Adelaido Luiz Vila, presidente do Conselho de Segurança do Centro, os preços para locação são considerados absurdos, se for levado em consideração o estado em que a maioria dos imóveis se encontra. "Os prédios são velhos, sem manutenção, o preço cobrado é um absurdo", diz Adelaido.

Um exemplo é Salua Ribeiro, proprietária da loja de roupas na avenida Calógeras, no pequeno espaço ela paga pouco mais de R$ 1,5 mil de aluguel, mas está descontente com a pouca movimentação que não gera lucros, por isso decidiu fechar a loja. "Tenho a loja há dois anos e estou fechando porque o aluguel é muito caro", conta.

Nas ruas Dom Aquino e 14 de Julho, por exemplo, que são ruas onde o fluxo de pessoas é maior, o aluguel chega a custar R$ 25 mil, dependendo do estabelecimento.

O valor do aluguel tem sido o vilão de muitos lojistas. (Foto: Marcelo Calazans)
O valor do aluguel tem sido o vilão de muitos lojistas. (Foto: Marcelo Calazans)

Outro lado - Porém Rose Helena Almiron, gerente de departamento de locação de uma imobiliária que cuida de vários imóveis da área central, diz que a situação é diferente. Ela ressalta que os valores dependem da área escolhida e da situação estrutural de cada imóvel.

"Há uma negociação com o cliente, os valores se diferenciam de acordo com base no tamanho do imóvel, se ele precisa passar por vistorias ou reparos, isso tudo implica no valor quando são feitas as negociações", conta Rose.

Ela afirma ainda que os imóveis ofertados na imobiliária são vendidos em menos de um mês. Com relação a quantidade de imóveis que estão alugando, ela comenta que depende muito da finalidade para que o imóvel será usado. "É difícil um imóvel ficar parado, a procura é muito grande. Não temos por exemplo, imóveis nas principais ruas do Centro, todos são alugados muito rápido", diz.

Solução - Segundo o assessor jurídico da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Roberto Oshiro, essa relação de locação é direta entre o locador e locatário. Cada empresário tem uma realidade diferente, uns pagam mais caro outros mais barato.

"Os empresários podem procurar a Associação e entrar com uma ação revisional, levar os documentos pessoais e cada caso será estudado". Ele informou que associados pagam mais barato pelo serviço advocatício, quem não é associado paga o valor normal da tabela da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de MS).

A redação do Campo Grande News entrou em contato com a CVI (Câmara de Valores Imobiliários), para saber se há pesquisas referentes ao valor do aluguel no Centro da Capital, porém a Câmara informou que não há dados referentes a essa solicitação.

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