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Economia

Brasil receberá certificado de área livre de aftosa em maio, anuncia Moka

Anúncio será feito pela OIE durante reunião em Paris, afirma senador, para quem ato é uma “conquista histórica”

Humberto Marques | 03/04/2018 14:59
Segundo Moka, certificado será entregue em 20 de maio durante encontro da OIE. (Foto: Agência Senado/Divulgação)
Segundo Moka, certificado será entregue em 20 de maio durante encontro da OIE. (Foto: Agência Senado/Divulgação)

A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) emitirá em 20 de maio o reconhecimento formal de que o Brasil é área livre de aftosa com vacinação. O anúncio foi feito pelo senador Waldemir Moka (MDB) no plenário do Senado, durante sessão que homenageou a nova condição do país. O certificado será apresentado em congresso da entidade, em Paris (França).

A erradicação da aftosa com vacinação atinge 25 Estados e o Distrito Federal. No país, apenas Santa Catarina já é considerado área livre sem imunização dos rebanhos. Moka foi o responsável por propor no Senado, na segunda-feira (2), sessão alusiva à decisão da OIE. Para ele, o ato “é um marco e uma grande conquista histórica”.

Ainda conforme Moka, mesmo diante de dificuldades no campo, o Brasil é líder mundial na produção de alimentos e na exportação de carnes. O reconhecimento do país partiu do comitê científico da OIE –que congrega 180 países–, ressaltou o senador.

“É algo de enorme relevância, de uma abertura ainda maior de mercados em todo o planeta para nossos produtos”, pontuou o senador, ao frisar que o rebanho brasileiro, com 217 milhões de cabeças, é o maior do mundo, sendo que a pecuária responde sozinha por 18% das exportações mundias de carne e 7,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, firmando o setor como importante gerador de riqueza, renda e emprego.

Batalha – Ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo Maggi destacou que o país luta contra a aftosa desde 1895, quando um primeiro caso foi diagnosticado no Triângulo Mineiro. Em 1992, veio um programa nacional para erradicação da doença, que quatro anos depois culminou na obrigatoriedade da vacinação.

“Tivemos uma batalha cheia de percalços, mas, graças a muito esforço, trabalho, conhecimento, dedicação e luta de produtores rurais, de gerações de técnicos e gestores, isso se tornou realidade”, disse o ministro, ao ressaltar que, neste mês, o Brasil completará 12 anos sem ocorrência de casos de febre aftosa.

Em maio, Amazonas, Roraima, Amapá e parte do Pará vão receber o reconhecimento internacional da OIE, integrando o restante do território como área livre com vacinação. “Essa condição traz para o país evidentes impactos positivos na consolidação e na ampliação de mercados para os produtores pecuários brasileiros. Por essa razão, a luta contra a febre aftosa é tarefa de todos”, finalizou Maggi.

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