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Economia

Colheita da soja para e plantio do milho atrasa por causa das chuvas

Renata Volpe Haddad | 29/02/2016 16:45
Em Dourados, a colheita de soja está em quase 70%, mas as chuvas na região atrapalham o término dos trabalhos. (Foto: Eliel Oliveira)
Em Dourados, a colheita de soja está em quase 70%, mas as chuvas na região atrapalham o término dos trabalhos. (Foto: Eliel Oliveira)

As chuvas constantes que atingem os municípios do interior de Mato Grosso do Sul estão atrapalhando a reta final da colheita de soja.Com a terra molhada as máquinas precisam parar, atrasando também o plantio de milho safrinha. Em algumas regiões a colheita da soja já chega a 70%, mas a média do estadual é de 48,8%.

Segundo dados da Aprosoja/MS (Associação de produtores de milho e soja), a colheita está 12% atrasada em relação a safra passada, quando nessa mesma época, os produtores já haviam retirado 61,5% da soja das lavouras de MS.

Em Mundo Novo, distante 476 km de Campo Grande, a colheita da soja chega a 60% dos seis mil hectares plantados. Porém, as chuvas diárias impedem o término da colheita, segundo o presidente do Sindicato Rural, Edílson Santos Pontelli.

"Nas regiões mais baixas do município, as chuvas diárias impedem a colheita da soja e corremos risco de perder 10% do grão nessas áreas. Se conseguir colher, a qualidade da soja será baixa pois o grão está úmido", afirma.

Em São Gabriel do Oeste, a maior preocupação é o atraso no plantio do milho safrinha. (Foto: Eliel Oliveira)
Em São Gabriel do Oeste, a maior preocupação é o atraso no plantio do milho safrinha. (Foto: Eliel Oliveira)

Já em Dourados, distante 233 km da Capital, a colheita está em aproximadamente 70%, mas as chuvas impedem as máquinas de entrar nas lavouras. "Se parar de chover agora, grande parte ainda dá para colher, mas começarão a deteriorar e não serve mais para as indústrias, perdendo o valor", informa o presidente do Sindicato Rural, Lucio Damália.

Em Bela Vista, cidade a 322 km de Campo Grande, a colheita atinge 15% das lavouras, mas as chuvas também impedem a continuação dos trabalhos. Para o presidente do Sindicato Rural, Leandro Mello Acioly, a soja dessecada não tem como colher.

"As chuvas param, os produtores entram para colher, quando volta, não tem como continuar os trabalhos, mas a produtividade da área colhida está em 45 a 50 sacas por hectare", alega.

Na região Norte, em São Gabriel do Oeste, distante 140 km da Capital, o que preocupa é o plantio do milho safrinha que está sendo prejudicado.

Conforme o presidente do Sindicato Rural, Julio Bortolini, há dez dias chove no município. "Aqui já colhemos 45% das lavouras, a produtividade é boa e está dentro do esperado. Mas a chuva está atrasando o plantio de milho safrinha e isso complica um pouco a situação", avalia.

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