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Economia

Com paralisação nas rodovias, farmácias correm risco de ficar sem produtos

Estabelecimentos também devem ser atingidos em consequência dos protestos dos motoristas nas rodovias

Gabriel Neris | 23/05/2018 18:29
Caminhoneiros protestam pelo terceiro dia consecutivo e "travam" rodovias de MS (Foto: Paulo Francis)
Caminhoneiros protestam pelo terceiro dia consecutivo e "travam" rodovias de MS (Foto: Paulo Francis)

A paralisação dos caminhoneiros autônomos em protesto contra o preço do litro do diesel também pode provocar desabastecimento de medicamentos nas farmácias.

A presidente da Anfarmag-MS (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais de Mato Grosso do Sul), Márcia Ribeiro Arão, demonstra preocupação, principalmente por serem produtos transportados via terrestre.

“A maioria das nossas cargas são termolábeis, sensíveis a temperatura. Isso pode desabastecer o setor”, afirma. Caso os trabalhadores não retomem as atividades, a presidente da Anfarmag-MS prevê que o desabastecimento de medicamentos manipulados ocorra dentro de cinco dias.

Procurada pelo Campo Grande News, a Drogasil do Shopping Campo Grande informou que há expectativa de que um caminhão abastecido de medicamentos está na estrada e chegue nesta quinta-feira na Capital. “Estamos esperando a mercadoria. São dois caminhões que vêm de Goiânia três vezes na semana”, informou o supervisor Renan de Andrade.

Segundo ele, os caminhões de segunda-feira chegaram a tempo. Além destes previstos para amanhã, o próximo abastecimento está marcado para sábado.

Na Farma & Farma, o atendente Josimar Zerbinatti informou que até o momento o estabelecimento não foi afetado e que os pedidos são entregues no dia seguinte, mas a chegada prevista para terça-feira ocorreu somente hoje. “Mercadoria de fora do Estado demora um pouco mais”. De acordo com ele, o estoque é suficiente para atender a população.

A rede São Bento se pronunciou por meio de nota e informou apenas que “cerca de 50% dos produtos, tanto da perfumaria, como dos remédios, são originários de outros estados. Caso o problema persista, o estoque pode ficar comprometido”.

O presidente do Sinprofar-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul), Roberto Martins Rosa, disse que o balanço sobre a possibilidade de desabastecimento deverá ser feito nesta quinta-feira.

A Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) informou que as farmácias e drogarias de todo o país já estão sofrendo com o desabastecimento.

Em Mato Grosso do Sul cerca de 25 trechos foram interditados nesta quarta-feira. Até mesmo um trem foi impedido de seguir viagem por um grupo de manifestantes que estacionou um caminhão guincho sobre um trilhos da Ferronorte, em Chapadão do Sul, a 321 quilômetros da Capital.

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