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Economia

Conab atende pedido e vai negociar 60 mil toneladas de milho de MS

Priscilla Peres | 11/08/2017 10:00
Milho safrinha está sendo colhido em MS. (Foto: Famasul)
Milho safrinha está sendo colhido em MS. (Foto: Famasul)

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) vai ofertar 60 mil toneladas de milho de Mato Grosso do Sul, em seus próximos leilões. O montante é o dobro da participação do Estado e atende pedido da classe produtiva, preocupada com o armazenamento da safra recorde que está sendo colhida.

Na quarta-feira (9), o senador Waldemir Moka (PMDB) e representantes da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) se reuníram com o secretário de políticas agrícolas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Nery Geller, e pediram aumento da participação de MS nos leilões da Conab.

Ontem (10), a Conab realizou duas operações de incentivo ao escoamento de milho do Centro-Oeste. Foram negociadas 748 mil toneladas das 752 mil ofertadas de produtos dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Novas operações de Pepro e PEP estão previstas para a próxima quinta-feira (17), 578 mil toneladas e 240 mil toneladas, respectivamente. Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul que tiverem interesse em participar do leilão devem ficar atentos às regras determinadas pela Conab, dentre elas, realizar o cadastro em uma corretora credenciada.

Super safra - Mato Grosso do Sul estima colher 9 milhões de toneladas de milho safrinha, mas o Estado só tem capacidade de armazenar 8,5 milhões de toneladas de grãos. Devido aos baixos preços, ainda há soja armazenada o que cria um gargalo ainda maior.

“Do volume de recursos totais disponibilizados para os leilões, nosso estado só teve acesso a 8,7% para o PEP e 1,38% no Pepro. Mesmo dobrando, a quantidade está aquém das necessidades dos produtores”, argumenta o diretor tesoureiro do Sistema Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes.

A produção de milho em Mato Grosso do Sul representa 21,2% da produção total da região Centro-Oeste, segundo levantamento divulgado pela companhia, em julho. Outra informação que deixa o setor em alerta é a queda no valor de comercialização da saca, que está, em média, 17% abaixo do valor estabelecido pela PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo em R$ 19,21.

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