ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 33º

Economia

Consumidor de MS poderá ter dois reajustes na conta de luz em abril

Renata Volpe Haddad | 22/02/2017 17:30
Consumidores de MS podem arcar com dois reajustes em um único mês. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Consumidores de MS podem arcar com dois reajustes em um único mês. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

A conta de luz dos consumidores de Mato Grosso do Sul, poderá ter dois reajustes em abril. Um deles é a revisão anual feita pela concessionária de energia do Estado, no caso, a Energisa, que revisa todos os anos a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais.

O outro, é um rombo de R$ 62,2 bilhões que o Governo Federal tem com as transmissoras de energia e quem irá pagar é a população por oito anos, com acréscimo de 7,17% na conta de luz. 

Quem explica é a superintendente do Procon/MS, Rosimeire Cecília da Costa. "Essa conta que o governo tem com as transmissoras foi feita em 2012. Começou quando o governo exigiu das distribuidoras mudanças nos contratos. Elas tiveram que aceitar renovar as concessões, mas seriam indenizadas para cobrir os gastos que tiveram com obras de modernização das redes que fizeram até o ano de 2000. Os consumidores tiveram conta onerada e 1 quilowatt passou a custar R$ 0,37 na época", afirma.

Porém, uma medida provisória, assinada pela então presidente Dilma Rousseff (PT) retirou encargos da tarifa de energia, permitindo em 2013, a redução de 20% na conta de energia elétrica para os domicílios e para as indústrias. "Dois anos depois, o governo viu que não tinha como pagar essa conta e então veio o tarifaço e 1 quilowatt saltou de R$ 0,37 para R$ 0,49, isso, por cinco anos", explica.

Hoje, a projeção da dívida do governo com as transmissoras é de R$ 62 bilhões que os consumidores deverão pagar em oito anos. "Não foram os consumidores que fizeram essa dívida e é injusto arcar com isso, foi erro do governo. Nós vamos acompanhar essas medidas e se preciso for, até acionar a justiça para impedir esse reajuste de 7,17%", alega.

Nos siga no Google Notícias