Em MS, 25% das famílias deixam de resgatar benefícios após morte de parente
Estudo aponta que o desconhecimento sobre direitos financeiros dificulta o resgate de valores pós-falecimento
Em Mato Grosso do Sul, um volume significativo de benefícios e valores financeiros permanece não resgatado por famílias após o falecimento de um parente. Dados da Planeje Bem, empresa especializada em planejamento sucessório e apoio pós-perda, revelam que o Estado concentra cerca de 25% dos ativos invisíveis da região Centro-Oeste.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Mato Grosso do Sul concentra 25% dos ativos invisíveis da região Centro-Oeste, segundo dados da Planeje Bem, empresa especializada em planejamento sucessório. O estado ocupa a segunda posição, empatado com Goiás, atrás apenas de Mato Grosso, que detém 30% dos benefícios não resgatados. Na parcela sul-mato-grossense, as indenizações do DPVAT representam 11,25% dos ativos, seguidas por contas bancárias e investimentos com 8,75%, benefícios trabalhistas com 7,5%, seguros de vida com 5% e pensões por morte do INSS com 2,5%. O não acesso aos benefícios deve-se principalmente ao desconhecimento sobre direitos financeiros e sociais.
Esse percentual fica estimado entre R$ 10 a 50 mil, representando a participação de Mato Grosso do Sul no total de valores não resgatados, considerando que uma mesma pessoa pode ter mais de um tipo de benefício esquecido. Entre os estados da região, Mato Grosso lidera com 30%, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás, ambos com 25%, e pelo Distrito Federal, com 15%.
Dentro da fatia sul-mato-grossense, conforme a Planeje Bem, as indenizações por acidente ou morte (DPVAT) representam cerca de 11,25 ativos; contas bancárias, investimentos e consórcios somam aproximadamente 8,75; auxílios e benefícios trabalhistas, como FGTS, PIS/PASEP, salário, férias e 13º salário, correspondem a 7,5; seguros de vida e previdência privada (PGBL/VGBL) totalizam 5; e pensões por morte do INSS respondem por cerca de 2,5 ativos.
As análises foram realizadas no primeiro semestre de 2025, com base em contas atendidas pela empresa. Segundo a Planeje Bem, o não acesso a esses benefícios é, em grande parte, resultado do desconhecimento sobre direitos financeiros e sociais. Em muitos casos, as famílias não têm clareza sobre todos os recursos aos quais poderiam ter acesso.
O processo para resgatar esses recursos varia conforme o tipo de benefício, mas, em geral, começa pela verificação da existência de valores em nome do titular e pelo pedido de saque ou transferência junto ao órgão ou à instituição responsável.
No caso da pensão por morte, no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), é possível fazer a solicitação no site ou aplicativo "Meu INSS". Para ter acesso ao benefício, é necessário presentar documentos que comprovem a relação com o segurado e o direito ao benefício
No caso dos benefícios trabalhistas, como FGTS, PIS/PASEP, salários, férias e 13º salário não pagos, o resgate pode ser feito por meio dos canais oficiais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, a depender do benefício.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.