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Economia

Entre as capitais, Campo Grande atinge maior alta na cesta básica com 9,97%

Carne bovina foi o item da cesta básica que mais subiu, registrando 8,62%, a segunda maior alta do País

Por Jéssica Fernandes | 06/11/2024 11:52
Mulher pesquisa produtos em corredor de supermercado, em Campo Grande. (Foto: Kleber Klajus)
Mulher pesquisa produtos em corredor de supermercado, em Campo Grande. (Foto: Kleber Klajus)

A cesta básica em Campo Grande registrou variação de 9,97% em outubro. A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6) pelo DIeese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que a cidade registrou a maior alta no período de um ano comparado com as demais capitais no País.

A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2023 e outubro de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos também aumentou em, Brasília (9,77%), Goiânia (9,32%) e São Paulo (9,17%). Apenas Recife e Fortaleza registraram retração, respectivamente, −1,60% e −1,17%.

Em Campo Grande, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos mostra que entre setembro e outubro o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 5,10%, sendo a variação a maior do Brasil.

No mês passado, o custo da cesta básica na Capital foi de R$ 751,06. Com base no levantamento do DIeese, que estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para custear essa e outras despesas, deveria ter sido de R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.

Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.657,55 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo.  A conta foi feita com base na cesta básica mais cara do Brasil, de São Paulo, com R$ 805,84. No mês, a variação da cesta foi de 1.69%.

Itens mais caros - O levantamento divulgado hoje traz um apanhado dos produtos da cesta básica que sofreram variação. O preço do quilo da carne bovina subiu em todas as capitais. Campo Grande teve a segunda maior alta com 8,62%.

O óleo de soja foi mais um item que subiu em 4,20% comparado ao mês anterior e em 12 meses a variação foi de 21, 77%. O quilo da batata apresentou alta de 1.69% indo em direção contrária a cidades que tiveram retração no item, como o Rio de Janeiro que registrou −0.41.

Com o aumento das temperaturas, o preço da banana (5,53%) registrou nova alta, a mais expressiva entre as capitais pesquisadas mensalmente. Os últimos cinco meses de alta contribuíram para que o acumulado em 12 meses alcançasse 19,77%. O café em pó foi mais um item que subiu, com 4,65% de variação.

A jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica na Capital em outubro foi de 117 horas e 01 minuto – aumento de 5 horas e 41 minutos na jornada em relação ao mês de setembro.

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