Estiagem prejudica produção de milho e perda chega a 6,1 mil hectares
Estiagem, geadas e chuvas em excesso prejudicaram o plantio de novas áreas do milho safrinha e o desenvolvimento do grão em Mato Grosso do Sul. Devido ao clima, houve perda total de 6.120 hectares de milho 2º safra, conforme levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicado nesta quinta-feira (7).
Segundo o levantamento, houve um crescimento de área de 1,1% em junho na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. A produção permanece em 15,6 milhões de toneladas em 2016, mesma projeção de maio, sendo que a queda em relação ao ano passado é de 9,4%.
Porém, mesmo com o crescimento de área, há previsão de queda na produção do milho segunda safra em 17,1% se comparado com a safra passada. A redução de 16,6% no rendimento médio foi o principal responsável.
O rendimento médio previsto já registra uma quebra expressiva em relação à estimativa anterior, da ordem de 12,5%, em função da estiagem ocorrida na época de desenvolvimento vegetativo a floração e, posteriormente, das geadas ocorridas em junho.
Crescimento – Enquanto há perdas na 2º safra do milho, a produção de cana-de-açúcar segue em crescimento no Estado. Conforme o IBGE, houve aumento de área de 33%. A estimativa de produção cresceu 18%, passando de 43.924 milhões de toneladas na safra de 2015, para 52.220 milhões de toneladas para este ano.
Das lavouras de soja que já foram colhidas e o Estado está no período de vazio sanitário, aumento de 1,3% na produção em junho, se comparado com o ano passado. No mesmo período do ano passado, a estimativa de produção do grão era de 7.305 milhões de toneladas e este ano, passou para 7.405 milhões.
Conab – Conforme o boletim do 10º levantamento da safra de grãos, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em Mato Grosso do Sul há queda na produtividade e as fases do milho segunda safra variam desde a maturação até o início de colheita.
Apesar do retorno das chuvas durante maio em todas as regiões produtoras, a falta de umidade nos solos e altas temperaturas que ocorreram em abril atingiram as lavouras em fases críticas de desenvolvimento. São observadas em diversas áreas, e de modo frequente, lavouras com plantas mal desenvolvidas e de menor porte, com espigas menores e mal granadas, indicativos reais das quebras de produtividades relatadas em praticamente todos os municípios levantados.
Somando a isso, em meados de junho foram registradas baixas temperaturas em toda região central e Sul do Estado, o que agrava o quadro de perdas já instalado, uma vez que afeta muitas áreas em plena fase de granação.