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Economia

Governo estuda utilizar porto fluvial do Paraguai para exportação brasileira

Renata Volpe Haddad | 23/06/2016 07:11

Utilizar o porto fluvial localizado na cidade de Concepción, no Paraguai como alternativa para exportação dos produtos brasileiros, foi a pauta de discussão ontem (22) entre o diretor de gestão estratégica do Sistema Fiems, Rodrigo Benavides, o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, os vice-ministros paraguaios José Luiz Rodrigues (Indústria e Comércio) e Augustin Encina (Transporte e Obras Públicas).

Um dos temas discutidos durante o encontro foi a viabilização da circulação de caminhões bitrens brasileiros no Paraguai para o transporte de grãos produzidos em Mato Grosso do Sul até o Porto de Concepción.

Para Jaime Verruck, para que a integração ocorra é preciso, antes de tudo, resolver o problema de logística, já que o produto só chega de caminhão ao porto. "Precisa ter uma alteração no Paraguai para que os caminhões bitrens brasileiros possam entrar. A melhor forma de conseguir fazer isso é com o apoio dos governos, colocando a associação de transportadores sul-mato-grossenses com a federação de transportadores paraguaios para conversarem porque hoje a preocupação é perda de mercado".

Segundo o diretor de estratégia da Fiems, a questão do transporte é irreversível. "A integração vai acontecer e os países vão ter que se adequar. A resistência é até justificável enquanto não se tem políticas muito claras de como isso vai acontecer, então, isso deve ser uma coisa sinérgica, ou seja, bom para todos e que não crie desequilíbrios", afirmou.

Já o vice-ministro de Transporte e Obras Públicas do Paraguai, Augustin Encina, disse que a reunião serviu para manifestar interesse do seu país em criar um corredor de transporte por Concepción e Pedro Juan Caballero.

“Temos de aproximar os caminhoneiros paraguaios e brasileiros para encontrar uma solução para a utilização de bitrens nesse corredor entre Mato Grosso do Sul e Concepción. Temos que falar com representantes de caminhoneiros dos dois países para ver qual o melhor modelo para se transportar produtos brasileiros e paraguaios".

Uma reunião no início de julho já está agendada entre os governos dos dois países, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e transportadores de ambos os países.

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