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Economia

Governo libera empresa para trazer a MS 6ª fábrica de celulose

Riedel e equipe da Semadesc se reuniram com representantes da Bracell, que fará unidade em Água Clara

Por Maristela Brunetto | 02/10/2024 09:20
Riedel, Verruck e técnicos do Imasul se reuniram com dirigentes da Bracell (Foto: Reprodução Instagram)
Riedel, Verruck e técnicos do Imasul se reuniram com dirigentes da Bracell (Foto: Reprodução Instagram)

O governo do Estado avança em tratativas com mais uma empresa do setor da celulose para trazer à região leste de Mato Grosso do Sul outra fábrica, a sexta a se instalar. O governador Eduardo Riedel (PSDB), o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, e técnicos do Imasul aproveitaram a participação no 56º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, em São Paulo e se reuniram com dirigentes da Bracell para entregar documento que possibilita o início da tramitação de pedidos de licenciamento ambiental para o empreendimento, a ser construído em Água Clara.

A instalação de uma nova fábrica de celulose foi divulgada por Verruck no final de agosto, que apontou a capacidade de 2,8 milhões de toneladas e comparou as proporções do empreendimento à unidade recém inaugurada pela Suzano em Ribas do Rio Pardo, a segunda da empresa no Estado, que já tem uma unidade em Três Lagoas. A de Ribas chegou a ser apontada como o maior investimento privado que estava em curso à época no País, com pouco mais de R$ 20 bilhões. No mesmo perfil deve começar a ser construída no ano que vem uma fábrica da Arauco, empresa chilena, em Inocência, cujos serviços de terraplanagem começaram na metade do ano.

As primeiras fábricas de celulose foram construídas em Três Lagoas, onde há duas unidades, a Eldorado e a Suzano, com duas plantas. O governador informou que conversou com dirigentes da Bracell sobre os investimentos e assegurou infraestrutura e medidas que possam apoiar não somente ela, mas outras empresas interessadas em investir na industrialização no Estado, suporte que ajuda a elevar a competitividade, analisou.

Na palestra que fez no evento sobre papel e celulose, ele destacou o ambiente de negócios favorável para a expansão da cadeia da celulose. Dos mais de R$ 105 bilhões previstos para os próximos três anos, R$ 70 bilhões estarão em Mato Grosso do Sul. Para a logística necessária, o Estado assumiu trechos leste das BRs 262 e 267 e lançou uma concessão, incluindo três estradas estaduais no chamado Vale da Celulose.

O presidente da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), Paulo Hartung, revelou, na abertura do encontro, que houve um crescimento de plantio de florestas no Brasil em 2023 de 280 mil hectares, sendo destes 220 mil no território sul-mato-grossense.

De acordo com o que Riedel informou aos representantes do novo empreendimento, o Imasul assegurará agilidade e cumprimento de prazos na tramitação e análise das questões ambientais para o licenciamento. A Bracell tem no estado um viveiro e plantio de florestas de eucalipto para a matéria-prima de produção da celulose.

Hoje, é a vez de Verruck fazer palestra no encontro, falando sobre as potencialidades e cenários para o segmento. O Estado instalou um estande na exposição.

Os dados mais recentes das exportações do Estado apontaram que, em agosto, as exportações somaram US$ 585,2 milhões, indicando crescimento de 12% em relação ao mesmo mês de 2023, tendo a celulose como carro chefe. Até aquele mês, as   exportações do setor alcançaram US$ 1,4 bilhão.

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