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Economia

Namorados devem estar atentos para evitar endividamento, alertam economistas

Alana Gandra, da Agência Brasil | 10/06/2016 14:50

Economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), André Braz afirmou hoje (10) que os produtos e serviços mais procurados para comemoração do Dia dos Namorados, no próximo domingo (12), ficaram abaixo da inflação média nos últimos 12 meses. Mesmo assim, ele alertou os consumidores para os cuidados com o endividamento.

Na média, os presentes e serviços subiram 6,93% entre junho de 2015 e maio de 2016, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV ficou em 9,15% no mesmo período.

A orientação de André Braz é que os namorados fiquem atentos com o orçamento, “procurando coisas que, de fato, caibam no bolso. Não é para deixar de comemorar, mas fazer uma seleção melhor do que podem comprar”.

De acordo com levantamento do Ibre, alguns produtos e serviços subiram mais que a inflação. Destaque para teatro (alta de 24,90%), shows musicais (20,50%), bicicleta (13,30%), cinema (9,92%) e bares e lanchonetes (9,44%). Equipamentos de fotografia e de filmagem e calçados femininos apresentaram queda nos preços de 2,10% e 0,18%, respectivamente.

O economista informou que, mesmo que a preferência seja por um item que não subiu tanto, como bens duráveis, a atenção deve ser redobrada, porque esses produtos têm valor elevado. “Mesmo que não tenham avançado de preço em comparação a 2015, eles pedem um preparo do orçamento para o consumo”.

No caso de um aparelho telefônico celular, por exemplo, que subiu 7,01% em 12 meses, Braz disse que é bom o casal verificar se isso de fato cabe, “porque, às vezes, o namoro pode ser até mais curto do que as prestações assumidas para o pagamento do bem”.

O pesquisador destacou que não faltam aos casais de namorados brasileiros ideias para “driblar” essas situações. “Não faltam por aí bares e restaurantes com preços mais modestos e mesmo presentes criativos que a própria pessoa pode fazer para que a data não passe em branco. Os mais afoitos precisam ter cuidado, porque a situação econômica não é a mesma dos últimos anos”.

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