Pesquisa aponta que geada na região sul de MS é pouco provável
Nesse período, milho safrinha está em desenvolvimento e congelamento das folhas pode causar danos às lavouras.
Pesquisa feita pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) revela que são grandes as chances de não gear na região sul do estado em junho este ano. Caso o fenômeno ocorra, é provável que seja de intensidade fraca, havendo poucas chances de chegarem a alcançar nível moderado.
O sexto mês do ano é marcado pela transição entre o outono e inverno e as baixas temperaturas podem transformar o vapor da água existente no ar em cristais de gelo, que cobrem a vegetação. Isso pode danificar as plantações de milho safrinha, que nessa época ainda estão se desenvolvendo.
Conforme a Embrapa, termômetros abaixo dos 4°C já podem favorecer esse fenômeno de forma leve. Contudo, ele normalmente só atinge níveis mais severos, gerando mais prejuízos, quando a mínima fica abaixo de 1°C.
Historicamente, 24% dos registros de geada na região sul são feitos em junho. É ainda mais comum que esse congelamento ocorra em julho, mas nesse período as lavouras já estão prontas para colheita e por isso a preocupação é menor.
A Embrapa desenvolveu um sistema para prever com antecedência a ocorrência desse fenômeno, baseando-se nos dados de chuva medidos na estação agrometeorológica de Dourados e da temperatura na superfície do mar fornecidos por uma agência americana. Isso permite antecipar em pelo menos seis meses como será o inverno nas plantações.
Este ano, a temperatura mínima deve ser de 5ºC em junho. Com esse índice não ocorre geada, mas devido à margem de erro, pode ser que ela seja um pouco menor e favoreça uma geada leve.
A Embrapa alerta que esses dados são baseados nas medições feitas em Dourados. É imporque que os produtores considerem que os termômetros em suas cidades podem marcar valores diferentes, tanto para cima como para baixo.