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Economia

Produtor rural colhe 40 mil pés de alface e tem renda de R$ 12 mil por mês

Mariana Rodrigues | 22/07/2015 16:36
Os alimentos são negociados no comércio local e cidades próximas. (Foto: Divulgação Notícias MS)
Os alimentos são negociados no comércio local e cidades próximas. (Foto: Divulgação Notícias MS)

Voltado essencialmente para a produção de hortaliças, o "Distrito Verde", em Naviraí - distante a 366 km de Campo Grande, foi criado há oito anos e conta atualmente com 34 pequenas propriedades existentes na comunidade agrícola do município. A renda liquida mensal chega a ser de R$ 12 mil, e em algumas propriedades, a colheita mensal de pés de alface, por exemplo, chega a 40 mil pés.

Esse é o caso da terra que pertence ao agricultor Ari Donizete Bezerra, em sua propriedade são colhidos 40 mil pés de alface, ele conta que a receita de sucesso da família é a dedicação e um pouco de sorte para ter chuva e sol na medida certa. "Acordamos muito cedo e dormimos tarde", conta ele, sobre a dedicação das famílias na produção.

Diariamente, são retirados dos canteiros cerca de 300 pés de alface, 500 a 250 peças de rúcula e 50 a 70 maços de cheiro verde. Os alimentos são negociados no comércio local e cidades próximas. E segundo o agricultor Ari, os bons resultados parecem não ter fim. “Na primeira quinzena de agosto será inaugurado o mercadão municipal de Naviraí. Ao todo, foram disponibilizados 40 boxes só para os agricultores familiares interessados em participar.

A agricultora Vanda Zanoni conta que duas vezes por semana um técnico da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural ), presta serviços de de assistência técnica para a comunidade. “Se fossemos pagar esse atendimento já comprometia uma fatia da nossa renda”, diz.

O Distrito está situado em um perímetro não muito longe da área urbana de Naviraí, fica a 5 quilômetros de distância do município. A comunidade agrícola foi implantada em 17 hectares de área de sobra dos 20 hectares desapropriados para a construção da Penitenciária de Segurança Máxima da cidade. Os lotes foram demarcados igualmente em uma área de 1,2 hectares.

As 34 famílias agrícolas ficam acomodadas em casa construídas nos moldes da Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular de MS). Cada terreno foi equipado com um poço semi-artesiano e possui acesso à energia elétrica.
Devido ao bom desempenho no campo, todos os produtores conseguiram ampliar suas casas, sendo que alguns possuem piscinas e churrasqueiras de alvenaria. “Temos orgulho de dizer que conseguimos melhorar nossas casas e hortas com o fruto do nosso suor”, disse a agricultora Vanda Zanoni.

Segundo o secretário da Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar), Fernando Lamas, na comunidade é possível ver a associação entre terra, capital, trabalho e conhecimento. “Conhecimento é um insumo que se antes era importante, hoje é essencial”, avaliou Lamas.

De acordo com o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, é visível a forte atuação dos profissionais da Agência de Naviraí, no Distrito Verde. “A Agraer está nos municípios para beneficiar o trabalhador rural. Aqui é nítido que há produtividade, seja pelo manejo do solo ou com o cuidado na hora de transportar os produtos até o comércio”, disse.

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