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Economia

Rota Bioceânica vai fortalecer relações comerciais com o Japão

Os principais produtos importados de MS pelo Japão são alimentícios, sendo maioria carne de aves

Lucia Morel | 18/11/2022 18:30
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

De olho em tornar Mato Grosso do Sul mais competitivo, intercâmbio através do “Seminário Internacional Mato Grosso do Sul e Japão – Conectando Novos Caminhos” aconteceu esta tarde no Bioparque Pantanal e contou com a presença do embaixador do Japão no Brasil, Teiji Haiashi e do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Para Azambuja, as relações de MS com o país asiático podem se estreitar com a efetivação da Rota Bioceânica. “Quando você se torna mais competitivo com os países asiáticos e aí inclui o Japão, você fortalece. Esse é o resultado que nós teremos com consolidação da Bioceânica. Não tenho dúvida que fortalecer essa parceria com o Japão é fortalecer principalmente os produtos produzidos aqui no Mato Grosso do Sul”, sustentou o governador.

Ele lembrou que “o Japão é um dos grandes parceiros comerciais do Mato Grosso do Sul. Só agora nesses 10 meses, praticamente dos dez meses do ano de 2022, nós tivemos aí perto de quase R$ 400 milhões de exportação de produtos sul-mato-grossenses com o Japão”.

Os principais produtos importados pelo Japão são alimentícios, sendo o segundo em carne de aves, quarto em milho e quinto em soja triturada. Já o Brasil importa principalmente peças e acessórios de veículos automotores.

Falando novamente sobre a Rota Bioceânica, o embaixador disse que o corredor é importante para estreitar a relação entre os dois países e que há 20 anos, quando esteve na Argentina, já se falava nesse projeto e que agora é uma realidade. O Japão já tem experiência em corredores bioceânicos com a Ásia e África.

“A comunidade nipo-brasileira é uma importante ponte e parceira. Estou disposto para uma maior cooperação na cultura tradicional e moderna, assim como nos negócios. Há uma longa história de cooperação com o Mato Grosso do Sul, particularmente no setor agrícola. Estou buscando um maior desenvolvimento das relações em áreas como a agricultura de precisão e a soja comestível”, afirmou.

Também presente, a prefeita Adriane Lopes (Patriotas) ressaltou a logística da região por meio da Bioceânica, oficialmente chamada de Rila (Rota de Integração Latino-americana), que possibilitará abertura de mercado com Paraguai, Argentina e Uruguai. A previsão é de injetar R$ 200 milhões na economia em seu primeiro ano de funcionamento e que a Capital será o eixo. “Campo Grande sempre foi o consumidor final, agora com essa integração entre os países, esperamos passar a ser fornecedores, não só para o Estado e Brasil, mas para o mundo”.

Mato Grosso do Sul tem a terceira maior colônia japonesa do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Paraná. Entre os países, o Japão é o quarto parceiro comercial de MS e a comunidade brasileira no Japão é de 200 mil brasileiros.

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