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Economia

Só em MS, mais de R$ 850 milhões foram movimentados com iFood no último ano

Plataforma de delivery também gerou 14 mil postos de trabalho no estado, segundo pesquisa da Fipe

Por Jhefferson Gamarra | 11/08/2025 16:25
Só em MS, mais de R$ 850 milhões foram movimentados com iFood no último ano
Entregadores à serviço da plataforma de delivery em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Em 2024, as atividades do iFood no Mato Grosso do Sul movimentaram R$ 854 milhões, o equivalente a 0,46% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e indicam crescimento de 26,3% em relação a 2023.

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O iFood movimentou R$ 854 milhões em Mato Grosso do Sul em 2024, representando 0,46% do PIB estadual, segundo estudo da Fipe. O crescimento de 26,3% em relação a 2023 foi acompanhado pela criação de 14 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. A plataforma também impulsionou o setor de bares e restaurantes, com parceiros crescendo 2,3 vezes mais que a média do segmento. Em nível nacional, o iFood movimentou R$ 140 bilhões, equivalente a 0,64% do PIB brasileiro, e gerou mais de 1 milhão de empregos. O impacto econômico é amplificado pelo “efeito multiplicador”, que retorna R$ 1.395 para a economia a cada R$ 1 mil gasto na plataforma. Investimentos em tecnologia e logística têm sido fundamentais para o crescimento contínuo da empresa.

Além do impacto econômico, a plataforma de delivery foi responsável pela criação de 14 mil postos de trabalho no estado, considerando empregos diretos, indiretos e induzidos. A pesquisa utilizou o conceito de VPB (Valor Bruto da Produção), que contabiliza toda a produção e movimentação financeira gerada pela cadeia de valor do iFood.

O levantamento aponta que o impacto do iFood em Mato Grosso do Sul reflete a tendência de expansão verificada em todo o país. Em nível nacional, a plataforma movimentou R$ 140 bilhões em 2024, o que corresponde a 0,64% do PIB brasileiro, um aumento em relação a 2023 (0,55%) e 2022 (0,53%).

A atuação do iFood também se destacou pela geração de empregos. Em todo o Brasil, mais de 1 milhão de postos de trabalho foram criados no ano passado, número equivalente a quase 1% da população ocupada e superior à população de cidades como Natal ou Florianópolis.

Segundo a Fipe, os restaurantes parceiros do iFood cresceram 2,3 vezes mais do que a média do setor de bares e restaurantes entre 2023 e 2024. A entrada na plataforma foi associada a um aumento médio de 6,9% no número de empregados, chegando a 10,2% no caso de pequenos estabelecimentos. Entre os parceiros, 75% operam exclusivamente no modelo de delivery e 31% são geridos diretamente pelos proprietários.

O impacto econômico é impulsionado pelo chamado “efeito multiplicador”: a cada R$ 1 mil gastos na plataforma com pedidos para restaurantes parceiros, um adicional de R$ 1.395 retorna para a economia por meio da demanda gerada em outros setores. Da mesma forma, a cada R$ 1 mil arrecadados em impostos sobre as compras no aplicativo, outros R$ 1.115 são gerados ao longo da cadeia.

A pesquisa mostra que essa movimentação envolve múltiplas etapas: da produção agrícola dos insumos, passando pela compra de carne, pães e embalagens, até o combustível para transporte e a remuneração dos trabalhadores.

De acordo com o CEO do iFood, Diego Barreto, o crescimento da empresa está ligado a investimentos contínuos em tecnologia, logística, crédito, dados e capacitação de parceiros. Atualmente, mais de 3 mil engenheiros e cientistas brasileiros desenvolvem soluções para aumentar a eficiência dos negócios, com uso de dados, automação e inteligência artificial.

A pesquisa da Fipe foi realizada com base nos dados de 2024, utilizando métricas de produção, emprego e impostos para mensurar a importância socioeconômica do segmento de entregas por aplicativo no Brasil e em cada estado.