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Educação e Tecnologia

IFMS mantém aulas em só 8% dos cursos na Capital, diz comando de greve

Nesta semana, adesão de Mato Grosso do Sul ao movimento nacional poderá completar três semanas

Por Cassia Modena | 22/04/2024 10:52
Alunos chegando ao IFMS da Capital no primeiro dia de greve (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Alunos chegando ao IFMS da Capital no primeiro dia de greve (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Professores e técnicos administrativos do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) aderiram parcialmente ao movimento nacional de greve na educação pública federal em 3 de abril. Prestes a completar três semanas, a paralisação já afeta a maioria dos cursos oferecidos pela instituição em Campo Grande, mantendo em funcionamento apenas 8% deles nesta segunda-feira (22).

O percentual é estimado por Vitor Sanches, que é do comando de greve na Capital e membro do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) no Estado. Ele ainda aponta que cerca de 70% de todos os servidores aderiram até agora.

A diretoria do IFMS não confirma os números. Por meio da assessoria de imprensa, a instituição reforçou que comunicados sobre quais cursos estão totalmente suspensos e quais seguem em funcionamento são atualizados diariamente no site.

Servidores federais da educação aproveitaram vinda do presidente Lula a Campo Grande, este mês, para se manifestarem perto do Aeroporto Internacional (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Servidores federais da educação aproveitaram vinda do presidente Lula a Campo Grande, este mês, para se manifestarem perto do Aeroporto Internacional (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

"As direções-gerais dos campi têm autonomia para divulgar os comunicados em seus perfis oficiais nas redes sociais ou por outros meios, como envio de e-mail e de mensagens pelo WhatsApp", acrescentou.

Sem avanço - Os servidores estão em greve por melhores salários e plano de carreira. Segundo Vitor, até a semana passada não houve oficialização de nenhuma proposta apresentada ao movimento nacional pelo Ministério da Educação e Ministério da Gestão.

"Do que foi formalizado desde o início da greve, temos a proposta de reajuste de benefícios como o vale-alimentação e plano de saúde, que não é o suficiente para repor o que a categoria perdeu nos últimos anos", diz o integrante do Sinasefe.

Os servidores aguardam por acordo, principalmente, que "descongele" o valor das remunerações. "Quem trabalha no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) tem reajustes para acompanhar a alta dos preços ano a ano, mas nós estamos desde 2016 com os salários 'congelados'", compara o sindicalista.

Na UFMS - A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também tem servidores administrativos e professores que aderiram à greve e não estão trabalhando, mas numa proporção menor que o IFMS, avalia Sanches.

Faixa na UFMS de Campo Grande ameaça greve total (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Faixa na UFMS de Campo Grande ameaça greve total (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Ele explica que é porque o Sinasefe filia tanto técnicos administrativos quanto professores no IFMS, e aderiu à greve de forma mais uniforme. Enquanto isso, sindicatos diferentes que representam as duas categorias na UFMS ainda estão se reunindo para discutir a adesão ao movimento.

O coordenador do Sista (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação UFMS e IFMS), Lucivaldo Alves, informou que a maioria dos professores na universidade estão trabalhando hoje, sinalizando que a greve impacta pouco as aulas na instituição.

Ele destaca que a UFMS em Paranaíba é a que mais aderiu, até o momento. "Somente lá temos um percentual de 98% de servidores paralisados", disse.

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