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Com “problemas novos”, Fapec estima mais de R$ 10 milhões para entregar Morenão

Até o momento foram gastos, R$ 3,6 milhões dos R$ 9,4 milhões repassados pelo Governo do Estado

Por Jhefferson Gamarra e Gabriel de Matos | 29/02/2024 19:03
Obras nos banheiros e vestiários são as únicas que foram entregues até o momento (Foto: Gabriel de Matos)
Obras nos banheiros e vestiários são as únicas que foram entregues até o momento (Foto: Gabriel de Matos)

Durante audiência pública para discutir o atraso na entrega e andamento das obras de reforma do Estádio Universitário Pedro Pedrossian, realizada nesta quinta-feira (29), a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), responsável pelas obras no local, estimou um gasto acima dos R$ 10 milhões para entregar o projeto previsto.

O consultor jurídico da Fapec, José Eduardo Meira Lima, explicou que a primeira fase das obras deparou-se com "obstáculos" não previstos inicialmente, ocasionando um aumento no prazo e nos custos, destacando inclusive a descoberta de um buraco de 5 metros no banheiro. "A gente sabia de alguns problemas e encontramos outros quando começamos", afirmou.

Consultor jurídico da Fapec, José Eduardo Meira Lima, durante apresentação (Foto: Paulo Francis)
Consultor jurídico da Fapec, José Eduardo Meira Lima, durante apresentação (Foto: Paulo Francis)

Conforme a apresentação durante a audiência, a conclusão da primeira fase, envolvendo banheiros e vestiários, consumiu R$ 3.673.921,27, deixando um saldo em caixa de R$ 6.732.971,43 dos R$ 9,4 milhões repassados pelo governo. No entanto, a Fapec estima que serão necessários aproximadamente R$ 3,3 milhões para executar e entregar os serviços restantes conforme o contrato, totalizando R$ 10 milhões.

Dentro do previsto no acordo, foram executados os orçamentos, fiscalização da obra e execução da reforma dos vestiários. Ainda está pendente a recuperação dos pilares e marquises, impermeabilização da cobertura, o SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), que é um conjunto para proteger pessoas das ações dos raios e o PSCIP (Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico), que é um documento que reúne as medidas de segurança contra incêndio e pânico para toda edificação de uso coletivo.

Relatório do que foi feito dentro do previsto no contrato (Foto: Reprodução)
Relatório do que foi feito dentro do previsto no contrato (Foto: Reprodução)

O projeto firmado com o governo do Estado não contempla a instalação de cadeiras, modernização de cabines de transmissão, iluminação do campo, pintura, readequação do sistema de drenagem, reforma do campo e da pista de atletismo.

A Fapec estima entregar todas as obras previstas até fevereiro de 2025. Uma planilha de orçamento, justificando o aumento de gastos, será encaminhada em breve à Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

Nilde Brum, presidente da fundação responsável pelas obras no Morenão (Foto: Paulo Francis)
Nilde Brum, presidente da fundação responsável pelas obras no Morenão (Foto: Paulo Francis)

“Estamos aguardando a orçamentação, acreditamos piamente que devemos receber essa orçamentação dentro do que está programado, que é na semana que vem. Recebendo  a gente encaminha  para a Agesul, ela aprovando, e nós já abrimos o processo licitatório”, informou Nilde Brum, presidente da Fapec.

Em relação ao prazo de conclusão, a presidente da fundação ressaltou que tudo vai depender do andamento do processo licitatório. "Quando a gente fala de prazo é exatamente isso. A hora que publicar o edital, sair o resultado definitivo, porque você publicar o edital não significa que você vai ter a empresa ganhadora, as vezes pode ter recurso, enfim, pode embargar o edital, tem vários processos aí que podem acontecer. A partir do momento que definir a empresa, que demos a ordem de serviço pra ela começar a obra, aí sim nós temos condições de dizer, olha, vai demorar tanto tempo", finalizou.

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