Com só 15 anos e disputando no sub-23, Paulo é promissor no salto em altura
Disputando em categorias acima de sua idade, Paulo é uma das principais promessas do atletismo de MS
Muito jovem e disputando competições entre os mais velhos, Paulo Henrique Marques Teles, de 15 anos, é uma das grandes promessas sul-mato-grossenses para o salto em altura. Em 2024, ele disputou competições nacionais e internacionais nas categorias sub-23. Ele é nascido em Campo Grande, mora na região das Moreninhas e treina três vezes na semana na pista do Parque Ayrton Senna, no Aero Rancho.
RESUMO
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Paulo Henrique Marques Teles, um jovem atleta de 15 anos de Campo Grande, é uma promessa no salto em altura, competindo em categorias sub-23. Treinando sob a orientação do professor Eder Vaz, ele começou sua trajetória no atletismo aos seis anos e, desde então, tem se destacado em competições nacionais e internacionais, acumulando medalhas e experiências. Em 2024, ele participou do Campeonato Sul-Americano na Colômbia e conquistou a medalha de ouro no Campeonato Brasileiro Interclubes. Com um recorde pessoal de 2,01 metros, Paulo busca uma bolsa atleta federal e se dedica ao esporte com paixão, enquanto sonha em evoluir ainda mais na sua carreira atlética.
Sua história no atletismo começou quando tinha apenas seis anos, de lá para cá, são nove anos de treinamento intenso e bons resultados. Paulo é fruto de um projeto do qual o técnico Eder Vaz, de 39 anos, faz parte e dá aulas no Parque Jacques da Luz. A caminhada de Paulo foi junto ao irmão, Marco Antônio, de 17 anos. Os dois ainda seguem juntos treinando.
O menino se destaca pelo físico, ele tem cerca de 1,85 metro de altura e se mostra muito focado nos treinamentos. Ele detalha o começo da carreira no atletismo. "Comecei no projeto do professor que tinha lá na Moreninha. Aí primeiro quem começou a fazer foi meu irmão. Aí depois eu".
A ida para o salto em altura (modalidade do atletismo sem a vara e sobre o sarrafo) iniciou em um festival de atletismo, conforme relata o professor Eder. "A gente ganhou um colchão box de casal e fizemos na brincadeira. Teve um festival e o Paulinho participou. Eram só três, quatro atletas. Ele acabou querendo brincar, foi bem, já tinha uma técnica razoável".
Inicialmente, Paulinho (como é chamado pelo professor) superou a barreira do espaço de pista. Para saltar, o procedimento de corrida se assemelha a um J. Mas ele fazia em U. Depois com as primeiras participações em competições, ele mudou e melhorou a técnica. "Eu demorei para conseguir achar o ângulo da tangente do salto. Tive que estudar muito para isso", cita o professor.
As primeiras competições vieram em 2019 e tiveram uma pausa decido à pandemia de covid-19 em 2020. De 2021 para cá, Paulo Henrique focou e passou a saltar ainda mais alto. Ele acumulou diversas medalhas e ótimas participações em estaduais, nacionais e internacionais.
Mais recentemente, ele participou do Campeonato Sul-Americano de Atletismo Sub-23 na Colômbia. Por lá, ficou em sétimo em uma categoria oito anos acima de sua idade. Também neste ano, ele foi medalha de ouro no Campeonato Brasileiro Interclubes de Atletismo Sub-23 em Bragança Paulista (SP).
Competir entre pessoas mais velhas pode gerar uma pressão ou provocações dos rivais. No entanto, Paulo explicou que para ele é tranquila a situação. "Na verdade, a disputa deles é comigo, porque se se eles perderem para mim vai ficar feio para eles". O professor Eder disse que há um respeito muito grande entre os atletas. "Alguns ficam bravos por perder para um menino de 15 anos, é uma pressão maior para eles".
Uma das grandes virtudes de Paulo é a regularidade nos saltos. Eder sabe das limitações físicas e tenta administrar o fôlego para a disputa das competições. "Tem até adversário tentando copiar nossa estratégia de fazer poucos saltos e administrar o físico para as finais. Como ele é muito regular, com poucos saltos já consegue se garantir".
Ainda no 2º ano do ensino médio, Paulo pretende pleitear a Bolsa Atleta federal e já conta com o Bolsa Atleta da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul). Ele conduz o esporte como algo prazeroso e indica que aproveita muito as experiências de conhecer novas cidades.
Para este ano, restam poucas competições. O professor Eder espera conseguir um novo clube para o atleta e assim ter uma estrutura melhor com nutricionista, médico e fisioterapia. Enquanto isso, Paulo segue saltando mais alto. Hoje o seu recorde está em 2,01 m.
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