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Esportes

Homenageado, ex-presidente do Rádio Clube revive 35 anos de futebol e histórias

Competição, que ocorre desde 1974, é a mais tradicional copa "entre amigos" de Mato Grosso do Sul

Por Lucas Mamédio e Gabi Cenciarelli | 25/05/2025 10:17
Homenageado, ex-presidente do Rádio Clube revive 35 anos de futebol e histórias
Othon Barbosa dando o pontapé inicial na primeira final entre Comercial e Ivinhema (Foto: Juliano Almeida)

Othon Barbosa, ex-presidente do Rádio Clube, foi o homenageado da 61ª edição da Copa da Madrugada, realizada neste domingo (25), em Campo Grande. Com uma trajetória de 35 anos no gramado onde começou a jogar ainda na adolescência, ele recebeu a homenagem emocionado, destacando a importância do torneio como espaço de convivência e tradição.

RESUMO

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Othon Barbosa, ex-presidente do Rádio Clube de Campo Grande, foi homenageado na 61ª edição da Copa da Madrugada. Com uma trajetória de 35 anos no clube, onde começou jogando tênis aos 9 anos e migrou para o futebol aos 16, Barbosa presidiu a instituição entre 2013 e 2017. O tradicional torneio, realizado desde 1974, reuniu cerca de 300 pessoas, entre atletas, familiares e convidados. A competição, que durou três meses, contou com nove rodadas e mais de 200 atletas inscritos nas categorias Supermaster e Master/Livre, reforçando seu papel como espaço de convivência e preservação da história do futebol sul-mato-grossense.

“Comecei no clube jogando tênis, com 9 anos. Depois, aos 16, vim para o futebol. Desde então, já são mais de três décadas jogando aqui”, contou Othon, que presidiu o Rádio Clube entre 2013 e 2017 e também atuou como dirigente esportivo, inclusive na Federação de Laço.

A Copa da Madrugada, que ocorre desde 1974, sempre foi parte da sua vida esportiva. “Tenho muita história aqui. Ontem mesmo, lembrava da primeira vez que fui campeão. O capitão era o Cláudio Vaca, uma lenda do clube. O jogo foi para a prorrogação, ganhamos de 1 a 0, e eu tinha outro compromisso: uma prova de laço. Nem fui ao vestiário, subi o barranco, entrei no carro ainda de uniforme de goleiro, e fui me trocando no caminho”, relembrou, sorrindo.

Homenageado, ex-presidente do Rádio Clube revive 35 anos de futebol e histórias
Jogador do Ivinhema, Ramon Marcondes, comemora gol (Foto: Juliano Almeida)

Othon destacou que, além das vitórias, o mais importante é o convívio. “Sempre digo: o fundamental é estar com os amigos. A amizade aqui é fabulosa, considero quase uma família. Estamos juntos há muitos anos”, afirmou.

Como goleiro, ele acumula histórias de superação, como a vez em que tomou um “frango” numa final, mas também de conquistas. “Brinco que já salvei muito o emprego do Doca como técnico. Já ganhei muitas medalhas aqui”, disse, citando o coordenador de esportes do clube, Doca.

Este ano, Othon está novamente na final e sonha com mais um título. “Ser homenageado e ainda campeão seria a cereja do bolo. Mas, independente do resultado, o mais importante é estar aqui, com os amigos e com a família, que hoje também está presente”, completou.

O coordenador de esportes, Doca, também destacou a longa trajetória de Othon no clube. “Ele é sócio desde pequeno, ex-presidente e sempre atuante. Já jogamos muito juntos, ele como goleiro e eu como técnico. Fomos felizes em vários campeonatos”, lembrou.

Homenageado, ex-presidente do Rádio Clube revive 35 anos de futebol e histórias
Othon Barbosa, ex-presidente do Rádio Clube, foi o homenageado da 61ª edição da Copa da Madrugada (Foto: Juliano Almeida)

Doca, que coordenou mais de 20 edições da Copa da Madrugada, revelou a expectativa para o evento. “Faz duas, três noites que não durmo. A gente quer que tudo dê certo: os jogos, o café da manhã, o churrasco, a premiação. Parece sempre a primeira vez”, afirmou.

Para ele, a Copa é uma grande festa que reúne a história do futebol sul-mato-grossense. “É muita gente que fez história no futebol do Estado reunida aqui. O Rádio Clube é a nossa casa, está aberta para todo campo-grandense. Fazemos questão de integrar a comunidade”, disse.

Neste ano, cerca de 300 pessoas participaram, entre atletas, familiares e convidados. “É um prazer receber todo mundo aqui, principalmente numa festa grande como essa”, completou Doca, que, apesar de já ter defendido as cores do Comercial e do Operário, garante: “Hoje, torço pelo Rádio Clube Futebol Clube”.

Entre os veteranos presentes estava o volante Garcia, de 75 anos, que jogou no Operário e no Comercial. “É uma satisfação voltar a Campo Grande e rever muita gente da minha época. É bom demais ver que muitos ainda estão jogando”, comentou.

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Presidente do Rádio Clube, coronel Sidney Barbosa (Foto: Juliamo Almeida)

Garcia destacou a importância da prática esportiva para a saúde. “É a melhor coisa do mundo. Jogo até hoje, duas vezes por semana, lá em Rio do Sul. Quando fico sem jogar, fico maluco”, disse, bem-humorado.

Sobre a tradição do evento, ele elogiou: “É bacana ver que o futebol segue vivo aqui, reunindo gerações. Tem gente mais nova que já parou, mas muitos veteranos ainda estão em campo. Isso é saúde e alegria”.

O presidente do Rádio Clube, coronel Sidney Barbosa, reforçou o papel do clube como espaço de memória e integração. “Estamos muito contentes. É um privilégio receber essa final, um encerramento à altura de um dos campeonatos mais tradicionais do futebol sul-mato-grossense”, afirmou.

O coronel lembrou que o clube completou 100 anos em dezembro de 2024. “O Rádio Clube respira futebol. Temos aqui atletas, veteranos, estrelas que fizeram história. O Garcia, ídolo do Operário, o Mestre Gonçalves, do Comercial, e o Gian, que foi campeão brasileiro cinco vezes”, destacou.

Homenageado, ex-presidente do Rádio Clube revive 35 anos de futebol e histórias
Doca já coordenou mais de 20 edições da Copa da Madrugada (Foto: Juliano Almeida)

O torneio, que durou três meses, teve nove rodadas e mais de 200 atletas inscritos nas categorias Supermaster e Master/Livre. “Foram 90 dias de competição sadia, sem incidentes, reunindo amigos, sócios e convidados”, pontuou o presidente.

Na arquibancada, a emoção também passou de geração em geração. Thais Brilhante, de 13 anos, e Sara Conde, de 9, foram acompanhar o pai, Ricardinho, que jogou pelo Corinthians. “Ele joga bem, chegou na final, mas eu já estou acostumada, não me emociono tanto mais”, brincou Sara.

As meninas torceram também pelo avô, Xisto, que já garantiu a vitória pelo time azul. “Veio o avô, o pai... é uma herança que vai passando”, disse Thais.

Sara destacou um detalhe: “Meu pai é careca, tem que passar um monte de protetor na careca e na cara”. Ambas torceram para que ele marcasse um gol na final, como fez na semifinal.

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Senador Nelsinho Trad e seu neto durante as finais da Copa da Madrugada (Foto: Juliano Almeida)

O senador Nelsinho Trad (PSD) também prestigiou a final da 61ª Copa da Madrugada e destacou a tradição do evento no Rádio Clube. “A Copa da Madrugada sempre esteve na minha vida. A gente ia para as festas no sábado e, antes de chegar em casa, na madrugada do domingo, vinha pra cá, armava a rede e às 4 horas da manhã dava o nome na lista para jogar a primeira partida”, relembrou.

Ele levou o neto, Rafael Trad, de 12 anos, para conhecer a competição. “É assim que é a Copa da Madrugada, uma geração passando para a outra. O Rádio Clube é o clube mais tradicional que temos em Campo Grande e no Mato Grosso do Sul, são 100 anos este ano”, afirmou. Nelsinho contou ainda que já participou de várias edições, foi campeão e artilheiro em diversas oportunidades.

A Copa da Madrugada se consolidou, mais uma vez, como um evento que vai além da competição: é celebração de histórias, amizades e famílias. Como resumiu Othon Barbosa: “O mais importante já está garantido: estar aqui, com os amigos e a família”.

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Jogadores do Ivinhema em foto oficial antes do jogo (Foto: Juliano Almeida)
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Jogadores do Comercial antes do jogo (Foto: Juliano Almeida)


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