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Esportes

Japão ganha na estreia, mesmo sem a torcida da Colônia em Campo Grande

Orientais bateram a Colômbia por 2 a 1 em partida com gosto de revanche após derrota em 2014.

Ricardo Campos Jr. e Mirian Machado | 19/06/2018 09:54
Gol de pênalti marcado por Kagawa após expulsão de Sánchez (Foto: Fifa/divulgação)
Gol de pênalti marcado por Kagawa após expulsão de Sánchez (Foto: Fifa/divulgação)

O Japão venceu a Colômbia por 2 a 1 ao estrear na Copa do Mundo da Rússia nesta terça-feira (19), mas sem os olhares de sua torcida em Campo Grande. Como o país oriental não tem tradição no esporte, os imigrantes que vivem na Capital mantiveram a rotina normal.

A vitória, embora apertada, teve gosto de revanche para os nipônicos, que perderam para a seleção latino-americana por 4 a 1 em 2014. A disputa em em Saransk teve o primeiro cartão vermelho do Mundial da Rússia.

Renan Tsuha, 29 anos, tem uma banca de ervas no Mercado Municipal e para não dizer que ficou completamente alheio ao jogo do Japão no Mundial, levou uma televisão para o trabalho, embora o foco fossem as vendas.

Segundo ele, a terra dos ancestrais é fraca no futebol, apesar de a partida do Brasil no domingo ter sido “morna”, segundo ele.

Renan Tsuha levou uma televisão para o trabalho no Mercado Municipal, mas o foco foram as vendas do dia (Foto: Marina Pacheco)
Renan Tsuha levou uma televisão para o trabalho no Mercado Municipal, mas o foco foram as vendas do dia (Foto: Marina Pacheco)
Acelino Nakasato faz uma análise bem mais realista: “Não tem chances de ganhar a Copa (Foto: Marina Pacheco)
Acelino Nakasato faz uma análise bem mais realista: “Não tem chances de ganhar a Copa (Foto: Marina Pacheco)

Acelino Nakasato, 68 anos, que já presidiu a Associação Nipo-brasileira, faz uma análise bem mais realista. “Não tem chances de ganhar a Copa. Nem o japonês mais otimista pode falar em ser campeão. Não vai acontecer. No jogo de hoje estava com um a mais e ainda passou sufoco. Se classificar já é um grande negócio”, afirma.

Segundo ele, a ausência de torcida acontece porque culturalmente os nipônicos, ao contrário dos brasileiros, evitam esse tipo de aglomeração, e muito menos deixariam os afazeres em troca do futebol. “Dificilmente vão achar alguém assistindo jogo”.

De fato, o Campo Grande News entrou em contato com a Associação Nipo, a Associação Okinawa e o colégio Visconde de Cairu e não havia movimentação em razão do jogo. Nakasato lembra que a terra natal é forte em outros esportes, como beisebol. A história no futebol é recente.

Japoneses comemoram vitória em Saransk sobre os colombianos: vitória teve gosto de revanche (Foto: Fifa/divulgação)
Japoneses comemoram vitória em Saransk sobre os colombianos: vitória teve gosto de revanche (Foto: Fifa/divulgação)

Como foi? - A expulsão, que garantiu o primeiro ponto nipônico na partida, veio aos três minutos do primeiro tempo depois que Sánchez cortou um chute com a mão. Kagawa deu um tiro certeiro que confundiu o goleiro Ospina.

Os colombianos apertaram e conseguiram deixar o placar por igual no jogo aos 38 minutos graças a Quintero, que ao cobrar a falta fez a bola passar por baixo da barreira. O goleiro Kawashima foi em cima dela, mas a segurou além da linha, tarde demais. Ele ainda tentou argumentar, mas a arbitragem reviu o lance no vídeo e confirmou o ponto adversário.

No segundo tempo, os japoneses pressionaram os rivais em busca da vitória. Aos oito minutos, o primeiro susto colombiano: Osako furou a zaga e chutou de canhota, mas Ospina conseguiu segurar. O goleiro colombiano salvou o dia de novo aos onze minutos ao defender chute de Inui.

Essa insistência rendeu frutos. O segundo ponto dos orientais veio aos 27 minutos após cobrança de escanteio. Osako cabeceou e colocou a bola na rede adversária.

Mesmo com um jogador a mais, o Japão não conseguiu aumentar a diferença no placar. Já os Colombianos, não conseguiram pelo menos deixá-lo por igual. Ao final dos cinco minutos de prorrogação, o apito final sacramentou a estreia vitoriosa oriental, que está em primeiro no grupo H.

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