Pilotos voam baixo e agitam o público em etapa de motovelocidade na Capital

A 3ª etapa do Campeonato Sul-mato-grossense de Motovelocidade agitou o Autódromo Internacional de Campo Grande neste domingo (22), reunindo 32 motos e pilotos de Mato Grosso do Sul e outros estados. As  provas foram divididas em quatro categorias (300, 400, 600 e 1.000 cilindradas) com largadas conjuntas e pontuação separada para cada classe, o que elevou o nível da competição.

Com premiação até o 5º lugar em cada categoria, o campeonato segue os critérios da federação e dá continuidade à luta por pontos na classificação geral. Equipes locais e empresas do setor marcaram presença com suporte técnico, mecânicos e distribuição de brindes, além de sinalização e suporte logístico para que o evento seguisse todos os padrões de segurança exigidos.

Entre os espectadores que aproveitaram a programação, muitos destacaram a evolução do evento e apontaram oportunidades para torná-lo ainda maior.

A empresária Camila Campos Monteiro, 30, que foi acompanhar um amigo, disse que esta foi a segunda vez que prestigiou a competição e notou melhorias. “Dessa vez está melhor que a última que eu vim. Dá pra ver que os pilotos que estão aqui se esforçam muito, e eles mesmos arcam com os custos. O evento está lindo, só precisa que mais pessoas saibam”, afirmou.

A também empresária Vanessa Sanches, 34, que acompanhou o namorado piloto, reforçou a necessidade de maior incentivo para a categoria. “Mais investimento no apoio e mais divulgação para a cultura do nosso estado fariam toda a diferença para que eventos como este cresçam e atraiam novos públicos”, disse.

Na pista, o piloto Tiago Farias, 37, que correu na categoria 400 e disputa o campeonato inteiro, ocupando o 3º lugar no estadual, falou sobre a qualidade técnica da disputa e o impacto financeiro da participação.

“O nível dos pilotos aqui está muito competitivo. Esses eventos engrandecem o esporte e fecham o fim de semana com chave de ouro. Mas os custos são muito altos: cada etapa exige uma estrutura que, no fim das contas, nós mesmos bancamos. Seria ótimo ter uma ambulância garantida, por exemplo. Só essa etapa custou R$ 58 mil para a nossa equipe. Fora os treinos, que são outros R$ 7 mil,” desabafou o piloto, apontando que o apoio público poderia ajudar a reduzir essa carga.

Entre os estreantes, a cirurgiã-dentista Natália Mota, 30, e o médico Aluízio Veloso, 31, disseram que foram convidados por um amigo e aproveitaram para levar o filho Miguel, de apenas 5 anos.

“Achei o evento super legal, o clima aqui é muito bom. Senti que faltou um pouco mais de divulgação para atrair novos públicos, mas com certeza vamos continuar acompanhando”, comentou Natália. Aluízio reforçou: “Esse tipo de esporte precisa ser mais valorizado. Vimos muitos pilotos talentosos e uma estrutura que merece crescer,” disse.

Entre os destaques da pista, o experiente Wilson Oliveira Aguiar, 40, conhecido como “Chefinho”, conquistou o 1º lugar tanto na categoria 600 quanto na classificação geral. Com uma Kawasaki ZX6 636, ele falou sobre a importância de ampliar o calendário do esporte local.

“Corro aqui há 11 anos. Parei por dois anos e voltei porque essa pista sempre foi especial. Precisam ter mais eventos para que os pilotos saiam das ruas e venham para a pista. Esse evento foi muito bem organizado e, apesar do asfalto estar um pouco ruim em alguns trechos, dá pra andar e se divertir. Hoje eu corro mais por hobby, mas qualquer investimento que vier será muito bem-vindo,” declarou.

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