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Capital

Família de Marielly volta para Campo Grande e espera justiça

Francisco Júnior | 11/07/2011 10:22
Mãe de Marielly, Eliana Barbosa Rodrigues, retoma a vida em Campo Grande. (Arquivo)
Mãe de Marielly, Eliana Barbosa Rodrigues, retoma a vida em Campo Grande. (Arquivo)

A família de Marielly Barbosa Rodrigues, encontrada morta no dia 11 de junho deste ano em um canavial em Sidrolândia, retornou ontem para Campo Grande depois de passar quase um mês no município de Alto Taquari, no Mato Grosso, onde a jovem foi sepultada.

Retornaram à Capital, a mãe de Marielly, Eliana Barbosa Rodrigues, a irmã Mayra Barbosa e o cunhado Hugleice Rodrigues.

De acordo com Eliana, se já não bastasse o sofrimento pela morte de Marielly, a família foi abalada por mais uma morte, o que atrasou a volta a Mato Grosso do Sul. “Uma pessoa muito ligada à gente morreu e nos deixou muito triste”, disse a mãe relatando que já informou à Polícia sobre o retorno.

A mãe de Marielly garante que vai acompanhar as investigações e que espera que seja feita justiça no caso de sua filha. “Eu sempre falei que meu objetivo era encontrar a minha filha. Agora espero que a Polícia faça o seu papel e que seja feita justiça”, afirmou.

Caso - Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, estudante de Ciências Contábeis, saiu de casa, no Jardim Petrópolis, no dia 21 de maio dizendo que iria “resolver umas coisas” e que depois iria à casa de uma amiga e do namorado. Ela não foi mais vista. A família da jovem fez várias manifestações com a esperança de encontrá-la viva.

No dia 11 de junho deste ano, o corpo foi encontrado em um canavial próximo a Fazenda Passa Tempo, em Sidrolândia, município distante 71 quilômetros de Campo Grande.

No mesmo dia em que foi confirmado, que o corpo era da estudante, em 16 de junho, a família viajou para Alto Taquari.

A suspeita da Polícia é de que Marielly tenha morrido no dia 21 de maio, data do desaparecimento, em decorrência de um aborto malsucedido.

A jovem fez um exame de sangue no dia 28 de fevereiro e o resultado foi positivo. O exame necroscópico não identificou a causa da morte, mas apenas que houve um sangramento muito grande na região pélvica.

A Polícia trabalha com a hipótese do aborto e agora investiga para descobrir quem engravidou a jovem, onde ela fez o procedimento e quem deixou o corpo no canavial.

O cunhado de Marielly é um dos investigados, como suspeito de ter participação no caso.

Material que pode ter sido usado para o aborto também foi apreendido em Sidrolândia, com enfermeiro que é investigado.

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